Foi distribuída para a 7ª Vara Criminal de Belo Horizonte, por meio de sorteiro, o inquérito que apura irregularidades na construção da Cidade Administrativa, no qual o senador Aécio Neves (PSDB) é um dos réus.
O inquérito foi remetido à Justiça de Primeira Instância em Minas por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A decisão foi tomada depois que a Corte decidiu pela restrição do foro privilegiado para deputados e senadores.
De acordo decisão do STF, em cinco de maio, só poderão ser julgados pelo Corte aqueles que tiveram cometido crimes durante o exercício do mandato e em razão dele. Aécio Neves é acusado de receber propina quando era governador de Minas, em 2007.
De acordo com investigação da Operação Lava-Jato, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedito Júnior, afirmou que pagou R$ 5,2 milhões em propina ao senador tucano. O consórcio da qual a empreiteira fez parte ficou responsável pelo lote 2 da obra da Cidade Administrativa, orçada em R$ 367,6 milhões.
As investigações apontam que a Odebrecht recebeu R$ 90 milhões do governo do estado por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). O custo final da obra foi de R$ 1 bilhão.
Os autos enviados pelo STF foram recebidos pela Direção do Foro da capital, que determinou a distribuição para uma das varas criminais.
Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.