Jovem de BH perde visão parcialmente e colegas iniciam vaquinha para pagar tratamento de doença rara

Nícolas precisa da vaquinha para custear os exames e tratamento
Nícolas precisa da vaquinha para custear os exames e tratamento (Arquivo Pessoal)

Os colegas de trabalho de um jovem de Belo Horizonte fizeram uma surpresa e criaram uma vaquinha para ajuda-lo a custear o tratamento de uma doença nos olhos ainda não diagnosticada. Nícolas De Assis Arcandi tem 25 anos e começou a perder a visão sem motivo aparente em maio de 2021. Desde então ele submeteu-se a vários exames que pesaram no orçamento da família. “Foi uma esperança para a gente”, diz Nicole Coffran Fereira Barboso, de 26 anos, namorada de Nicolas. Você pode ajudar a família por aqui.

Nicole contou ao BHAZ que a doença de Nick, apelido de Nícolas, começou repentinamente. “Em maio do ano passado ele [Nicolas] começou a perceber um embassamento na visão. Ele achava que era uma questão de óculos, foi no oftalmologista, foi fazendo exames”, conta. “Só que esse embassamento foi piorando. Começou no olho direito e foi piorando com o tempo. Quando foi em dezembro que o negócio ficou tenso mesmo que a gente quis ir em um hospital especializado”.

A namorada ainda fala que acompanhou Nick até o pronto socorro do Mater Dei. “Já estava muito ruim, já estava indo para o olho esquerdo, ele não conseguia ver de perto há um metro de distância”. Nicole lembra que a partir daquele dia iniciou-se uma bateria de exames para entender o que estava acontecendo com o jovem. “Ele chegou a fazer 46 exames de sangue para saber se tinha alguma coisa, fez exames específicos de doenças”.

A oftalmologista, sem obter respostas concretas, encaminhou o casal para um neuro oftalmologista. Nesse momento, as consultas já pesavam no bolso. “A visão dele estagnou. No exame mostrou que já tinha perdido 70% da visão do olho direito. Nesse oftalmo ele fez mais outros exames”, relata Nicole. Após as pesquisas, um possível motivo surgiu. trata-se de uma doença genética chamada neuropatia óptica de Leber. “Só que é um exame caríssimo, ele pediu todos os exames mitocondriais”.

O tio de Nicolas ajudou a custear os R$ 5 mil para o exame, que só pode ser feito em São Paulo. Porém, a resposta demora 45 dias para ficar pronta e o resultado ainda não saiu. “Enquanto isso, já está tomando um remédio manipulado, que a gente conseguiu o melhor valor foi R$ 620 e tem que tomar todo mês”, diz Nicole. “Foi muito difícil, Níck fez muitos exames, foi a vários médicos diferentes”.

A vaquinha

Nicole conta que a situação financeira começou a apertar em dezembro do ano passado. Ela está desempregada no momento, recebendo apenas o auxílio desemprego. Já Nick teve que pedir um afastamento da empresa onde trabalha por causa do problema de saúde e também está recebendo pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

“Todo mundo pergunta como é que tá e ele fala que tá tudo bem, mas não está vendo direito”, lembra Nicole. Os amigos do trabalho que tiveram a iniciativa de montar uma vaquinha para ajudar Nícolas com os custos dos exames e do medicamento. “Foi uma esperança para a gente. Porque a gente já estava fazendo planos de como a gente ia pagar esse remédio todo mês”, diz. “A gente estava penando o que a gente ia fazer para conseguir pagar esse remédio. A vaquinha vai salvar”, agradece.

Caso o resultado do exame saia positivo para neuropatia óptica de Leber, Nick terá que tomar o medicamento com custo de R$ 620 por pelo menos um ano. “Essa vaguinha esta pagando o tratamento dele”, exalta Nicole. No momento, Nícolas já perdeu 70% da visão do olho direito e 60% no esquerdo.

Nicole ainda mandou um recado final para todos que estão participando da vaquinha para Nícolas. “Quero agradecer muito ao pessoa mesmo que se mobilizaram para isso. Mostra como o Nick é especial, ele é uma pessoa diferenciada, ele conquista todo mundo que conhece. A gente nunca pediu nada para ninguém, eles que quiseram fazer isso a gente ficou muito agradecido. Mostra o quanto especial ele é”, finaliza.

A irmã de Nícolas também compartilhou sua história e a vaquinha no Twitter

Edição: Vitor Fernandes
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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