O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, nessa sexta-feira (17), a prisão preventiva de Amanda Christina Souza Pinto, 34 anos, suspeita de matar a mãe e a filha dela em um apartamento do bairro Piratininga, em Venda Nova.
Na decisão, a juíza Juliana Beretta Kirche pede que o Hospital João XXIII, onde a mulher ficou internada, remeta em 24 horas o prontuário médico completo da investigada, informando o atual estado de saúde dela e a previsão de alta médica. Amanda ainda passará por um exame de corpo de delito pelos profissionais locais de saúde.
Para a magistrada, a prisão preventiva se faz necessária devido a gravidade do crime que teria sido cometido pela mulher. Ela ainda descarta, por ora, que a mulher sofra de algum distúrbio mental, argumento levantado pela defesa e que ainda não se comprovou.
“A custódia cautelar da agente se revela como medida processualmente adequada, não sendo aferível neste momento a viabilidade de imposição de outras medidas cautelares diversas da prisão, diante da extrema gravidade dos fatos, a hediondez das circunstâncias fáticas, sendo praticado estrangulamento contra sua genitora e filha, criança de 10 anos de idade, demonstrando a intensa periculosidade da agente e o iminente risco à ordem pública caso volte ao convívio social”, diz um trecho do documento.
Crime bárbaro
A Polícia Civil investiga a morte da criança de 10 anos e da avó dela, de 67, em um apartamento do bairro Piratininga, em Venda Nova, que ocorreu na última quarta-feira (15). Aos policiais, Amanda Christina Souza Pinto, mãe da criança, informou que tudo começou com uma “brincadeira”.
Ela relata ter passado o braço em volta do pescoço da mãe e que, em seguida, teve uma “sensação ruim” e vontade de apertar o pescoço da vítima com mais força. A idosa pedia que a mulher parasse com a agressão e clamava por socorro, inclusive, chamando pelo cachorro da família para ajudá-la.
Contudo, a mulher relatou que continuou a apertar o pescoço da mãe até que ela parasse de respirar. A filha de Amanda acordou com o barulho e foi verificar o que estava acontecendo, mas a autora então disse que estaria resolvendo um problema com a idosa.
Ela colocou o corpo da vítima, já morta, no chão e a cobriu com um lençol. Em seguida, foi para o quarto contar para a criança que a avó dela havia morrido e que as duas também deveriam tirar a própria vida.