Kalil pede ‘cidade normal’ durante o Carnaval e faz alerta sobre festas privadas: ‘Não tem nada marcado’

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Kalil não aderiu ao ponto facultativo para o Carnaval de BH (Rodrigo Clemente/PBH)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou na tarde de hoje (26) que a capital mineira não vai aderir ao feriado do Carnaval, previsto para os dias 28 de fevereiro e 1º de março. Em entrevista coletiva, o chefe do Executivo municipal ainda fez um apelo aos comerciantes da cidade a fim de evitar aglomerações na data festiva, que costuma levar milhares de pessoas às ruas.

“BH não vai ter feriado no Carnaval. Abram as portas, queremos a cidade normal no Carnaval. É assunto que vai ser tratado separadamente a tempo, porque essa curva tem tempo, não é tão assustadora”, declarou.

Em relação aos eventos privados que já estão sendo anunciados para as datas, Kalil disse que ainda cabe à prefeitura analisar os alvarás de funcionamento. Ele lembra, ainda, que se forem realizadas, as festas precisarão exigir o comprovante de vacina e também o teste negativo da Covid-19 – determinação válida a partir de segunda-feira (31).

“Quem não usar máscara, não limpar a mão, não tomou vacina, vai pagar o preço sim. O carnaval não tem nada marcado, os alvarás estão dentro da prefeitura. Já vamos obrigar teste e atestado de vacina no evento”, disse.

E os turistas?

Nos últimos anos, o Carnaval de Belo Horizonte se tornou um dos maiores do Brasil e costuma trazer à capital centenas de turistas vindos de outros estados – assunto que gera apreensão devido ao avanço da pandemia na capital. Durante a entrevista coletiva, o secretário municipal de saúde, Jackson Machado, disse que não há motivo para preocupação.

Ele explica ter sido consultado por prefeituras de capitais como Rio de Janeiro e Salvador – que também abdicaram das festividades neste ano – e as comunicou sobre a não realização do evento em BH. “Tá tudo combinado entre os secretários”, afirmou.

Contaminação deve cair nas próximas semanas

A coletiva de imprensa também contou com a participação dos integrantes do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte. Segundo os especialistas, embora o número de casos da doença tenha crescido consideravelmente nas últimas semanas, a capital pode ganhar um “respiro” nas próximas semanas.

“Existem várias projeções diferentes, de que os casos comecem a cair na primeira ou segunda semana semana de fevereiro. Uma visão mais pessimista aponta para a primeira semana de março, mas não há certeza”, disse o médico infectologista Carlos Starling.

“Se todo mundo usar máscara, higienizar as mãos, não aglomerar, a tendência é que essa queda chegue mais rápido, mas é impossível saber”, acrescentou ele. Para que seja possível vislumbrar, minimamente, este cenário, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) anunciou algumas medidas restritivas que visam impedir o avanço da doença na cidade.

Uma delas é a exigência de cartão de vacinação e teste negativo da Covid-19 em eventos de qualquer natureza. “Nós consideramos a possibilidade de cancelar os eventos, mas decidimos dar essa oportunidade aos belo-horizontinos. Mas não descartamos medidas mais restritivas”, disse o infectologista da PBH, Estevão Urbano.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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