Além de uma bebê de 1 ano e 8 meses e do homem de 35 anos que não resistiram, o desabamento de dois prédios na região Norte de BH nesta terça-feira (7) também feriu uma adolescente de 13 anos e uma jovem de 19, segundo o Corpo de Bombeiros. Um casal de 50 anos também foi afetado, assim como a mãe da bebê, que foi quem constatou a morte da filha e notificou os socorristas.
As novas informações foram divulgadas nesta tarde pelo tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, no prédio de três andares, haviam sete pessoas no momento do desabamento.
“Dessas, quatro estavam nos andares inferiores e três pessoas estavam no andar superior. Essas três foram mais afetadas. Quando os primeiros ruídos da estrutura aconteceram, um casal de aproximadamente 50 anos conseguiu sair. Uma adolescente de 13 e uma jovem de 19 anos foram afetadas, mas já foram conduzidas para o hospital”, disse.
Também no hospital, sobrevivente à queda, está a mãe da criança de 1 ano e 8 meses, que faleceu após o impacto. Segundo Aihara, foi a mulher que notificou os socorristas que a criança havia falecido.
“Com cerca de 40 minutos, a gente já tinha comunicação com a vítima e, desde o primeiro momento, a própria vítima relatava que ela já não estava mais sentindo a sua filha, nem a respiração nem o batimentos cardíacos”, conta.
Construção era irregular
Já a segunda vítima era o padrasto de uma das sobreviventes e seu resgate demandou cerca de quatro horas de trabalhos. “A gente teve que tirar uma quantidade muito grande de escombros e de terra. O óbito foi constatado pelo médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o corpo dele já foi encaminhado para Polícia Civil fazer o trabalho pericial”, disse o tenente.
Ainda de acordo com o porta-voz da corporação, no momento do desabamento não estava chovendo, mas a equipe não descarta os impactos das chuvas de ontem (6) na deterioração da estrutura. Análise feita por técnicos da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) também constataram que a construção do imóvel era irregular.
“O que foi avaliado no local, segundo avaliação dos técnicos da prefeitura da regional Norte, é que essa obra não tinha acompanhamento técnico, o que certamente contribui de uma forma mais decisiva para que esse colapso acontecesse”, explicou.