A Polícia Civil investiga o ataque a um manifestante no ato em defesa da democracia no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na noite dessa quinta-feira (11).
Segundo o MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), o homem de 37 anos levou quatro facadas nas costas durante a manifestação.
Morador da ocupação Carolina Maria de Jesus, Yuri Adriano tem quadro de saúde estável. Ele recebeu os primeiros socorros no local e foi levado ao Hospital João XXIII.
Segundo comunicado publicado pelo movimento nesta sexta (12), um dos golpes atingiu o pulmão do manifestante, o que demandou cirurgia.
Questionada sobre a internação de Yuri, a Fhemig (Fundação Hospitalar de Minas Gerais) informou que não divulga dados sobre pacientes.
‘Não iremos recuar’
Em nota (leia abaixo na íntegra), o MLB pede que a tentativa de homicídio seja apurada com rigor pelas autoridades competentes.
“Exigimos também que os órgãos responsáveis identifiquem o autor do crime e tome as providências cabíveis”, diz o texto.
“Vivemos um momento de uma escalada de violências e de ataques de grupos nazi-fascistas contra movimentos populares e a luta do povo pobre e trabalhador”, acrescenta a nota, afirmando que o grupo não vai recuar.
Polícia instaura inquérito
Em nota ao BHAZ, a Polícia Civil disse que vai investigar a ocorrência de lesão corporal registrada ontem.
As testemunhas já foram ouvidas e a perícia deve apurar a causa e as circunstâncias do ato de violência (leia abaixo na íntegra).
Nota da Polícia Civil na íntegra
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou procedimento para apurar a ocorrência de lesão corporal registrada na noite de ontem (11/8), no bairro de Lourdes, na capital.
Testemunhas já foram ouvidas e foi requisitado o exame pericial para apurar a causa e circunstâncias do fato. A investigação ficará a cargo da 2ª Delegacia de Polícia Civil/Centro”.
Nota da Fhemig
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em consonância com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), informa que, em conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não pode disponibilizar qualquer dado individualizado que diz respeito à privacidade do paciente.