Filha de jornalista preso cria site para defender o pai

Reprodução Facebook
Márcio Fagundes cumpre prisão domiciliar desde ontem

A estudante universitária Luiza Azevedo, filha do jornalista Márcio Fagundes, de 62 anos, criou o site www.marcioetrigo.com.br em apoio ao pai. Márcio Fagundes foi preso na última quarta-feira (18) por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude de licitação para contratação de agência publicitária, capitaneada pelo vereador Wellington Magalhães, ex-presidente da Câmara Municipal (PSDC) de Belo Horizonte.

Desde a prisão de Fagundes, que ocupou o cargo de superintendente da Câmara Municipal na gestão de três presidentes, foram inúmeras as manifestações de apoio ao profissional. O Sindicato dos Jornalistas de Minas considerou a prisão uma violência contra o profissional por parte de “um estado policial”. No cargo, Márcio era ordenador de despesas, mas não tinha qualquer participação nas comissões de licitações da casa.

No site, Luiza, que estuda biologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conta que o pai foi alvo de chacotas e violência por parte dos policiais civis que cumpriram a diligência na casa deles. Conta que mesmo quando ela tentava abrir a porta, eles a chutavam para força lá. Revela que o pai foi algemado e teve a casa revirada em busca de bens.

“A mídia não detalhou quais foram os nossos bens apreendidos. Levaram dois anéis (que foram a aliança do casamento com mamãe), alguns relógios (um de valor, herança do vovô), um saquinho de plástico com alguns papéis e documentos, dois computadores, um ipad e um celular. Não quiseram levar o carro do papai (um Uninho) e nem os quadros da casa (quadros de valor afetivo, feito por amigos e alguns da Bivó)”, revelou.

O questionamento que Elisa faz é como reparar um dano causado o pai, caso ele seja inocentado.” A vida que nós levamos é transparente. Fala por si mesma. Papai responsável por desviar milhões de reais? Enriquecimento ilícito? Papai preso sem provas! Macacão vermelho no Ceres. Não vai haver julgamento? Uma pessoa presa por mandado de prisão preventiva e que ainda não passou por julgamento merece ser chamada de criminosa?, conclui.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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