Caso de marmitas encontradas com larvas em Contagem foi sabotagem, conclui PCMG

Apresentados os laudos técnicos, PC parte em busca dos responsáveis por fraude (Reprodução/Redes Sociais + Divulgação/Site Prefeitura de Contagem)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) atualizou, nessa segunda-feira (16), a investigação sobre a denúncia de presença de larvas em marmitas servidas no Hospital Municipal de Contagem. Após 30 dias de trabalho investigativo, a instituição concluiu que houve sabotagem na comida do local.

Ao todo, o parecer técnico apontou três aspectos que descartavam a possibilidade do alimento estar naturalmente estragado. “Os laudos indicam que as larvas estavam em tamanho de aproximadamente 9 milímetros e já tinham desenvolvido sistema de maturação interno em um substrato não ideal”, destacou o delegado regional de Contagem, Rômulo Dias.

O servidor explicou que entende-se por substrato ideal o alimento em decomposição. “A comida não estava em estado de putrefação, necessidade essa para a formação de um substrato para a mosca colocar seu ovo, o ovo eclodir e se desenvolver até o tamanho que foi encontrado na marmita”, detalhou.

Ainda segundo o delegado, “apenas duas marmitas foram questionadas — uma com larva e outra supostamente azeda sem larvas — no momento em que foram servidas mais ou menos 4 mil marmitas”. A quantidade contaminada seria muito pequena diante do universo amostral, reforçando o indício de sabotagem.

Por fim, Rômulo Dias afirmou que a temperatura da produção dos alimentos é adversa à reprodução de larvas. “Neste momento, a investigação já consegue atestar com clareza que a comida servida no hospital não tem motivo para ser questionada”, concluiu.

As análises técnicas contaram com o apoio da Vigilância Sanitária de Contagem, da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Agora, a PCMG parte para a apuração do responsável pela sabotagem à comida do Hospital.

Injúria racial

Dois dias após o caso de supostas larvas nas marmitas, em 5 de setembro, um caso de injúria racial aconteceu no mesmo hospital.

De acordo com o delegado Marcus Vinícius Gontijo, o crime foi manifestado por uma acompanhante, que agrediu verbalmente uma copeira da instituição.

No decorrer das apurações da Polícia Civil, duas outras vítimas alegaram terem sido vítimas da mulher, de 36 anos, após sua autuação. A PCMG concluiu o inquérito sobre a situação e a acusada responde em liberdade.

Edição: Lucas Negrisoli
Thiago Cândido[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Colunista no programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiário do BHAZ desde setembro de 2023.

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