Polícia confirma material genético de suspeito no corpo de Bárbara Victória

Bárbara Victória
A perícia também concluiu que Bárbara Victória foi vítima de violência sexual e morta por asfixia no domingo, 31 de agosto (Asafe Alcântara/BHAZ)

O material genético de Paulo Sérgio de Oliveira, principal suspeito do assassinato da menina Bárbara Victória, foi encontrado no corpo da vítima. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa realizada hoje (10) pelo chefe da Polícia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva, e pelo delegado Fábio Moraes Werneck, responsável pela investigação.

Segundo Werneck, o resultado do exame saiu ontem (9) pela noite. A perícia também concluiu que a menina foi vítima de violência sexual e morta por asfixia no domingo, 31 de agosto, mesmo dia em que foi vista pela última vez em uma padaria de Ribeirão das Neves.

No último dia 3 de agosto, Paulo foi encontrado morto na casa de uma tia (relembre abaixo). De acordo com o investigador, o suspeito era próximo da família de Bárbara. O inquérito que investiga o crime ainda não foi concluído.

“Na sexta-feira, dia 29, o Paulo prestou serviços básicos de elétrica na casa dos pais da menina. A vítima estava no momento, mas segundo a mãe eles não chegaram a conversar, não ficaram sozinhos. Cinco anos atrás, aproximadamente, a família da Bárbara, inclusive ela, morava perto da casa do Paulo. Esse imóvel pertence a familiares do Paulo”, explicou.

Crime não foi planejado

Ainda de acordo com Neto, não há indícios de que o crime tenha sido planejado. Depois de ir à padaria, Bárbara teria ido a uma mercearia próxima para comprar um pacote de suco. No caminho, ela se encontrou brevemente com o suspeito.

“Ainda não sabemos como e quando ele convenceu ela. Pode ter acontecido em um momento anterior, porque quando eles se encontram, no dia do desaparecimento, foi muito rápido, em questão de segundos. Acredito que pode ter algum encontro, ainda que distante dos pais, que ninguém tenha visto, em que ele pode ter ganhado a confiança dela”, explicou o delegado.

Segundo a polícia, Paulo não tinha indícios de problemas psicológicos e nem fazia uso de drogas, apenas de álcool.

Suspeito é encontrado morto

Há uma semana, Paulo Sérgio de Oliveira foi encontrado morto na casa de uma tia, localizada no bairro Cachoeirinha, região Nordeste de Belo Horizonte. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada por uma mulher que se identificou como vizinha do imóvel onde o corpo estava (veja aqui).

Segundo familiares, o homem de 51 anos teria ido para a casa da parente para passar a noite do dia 2 de agosto, ficando preso no quarto por várias horas seguidas e dito que faria a barba. A família acreditou que ele teria dormido. No dia seguinte, no entanto, ele foi encontrado sem vida. A suspeita é que ele tenha cometido suicídio.

Antes de ser encontrado morto, Paulo teve suas fotos expostas em redes sociais por ser o principal suspeito do assassinato de Bárbara Victória. As legendas pediam que, caso a população o identificasse pelas ruas, não entregasse às autoridades policiais. Os textos incentivavam que ele fosse linchado.

“No dia que ele foi encontrado morto a família entrou em contato com a nossa delegacia e nós trabalhávamos em alguma alternativa para aquela situação. Ele estava jurado de morte na região do crime e, para a casa dele, não podia retornar”, revela o delegado.

Crime

Bárbara Victória Rodrigues desapareceu no dia 31 de julho ao sair de casa, à tarde, para comprar pão em uma padaria de Venda Nova. O corpo da criança foi encontrado dois dias depois em um campo de futebol no bairro Landi 2ª Seção, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Na ocasião, a Bárbara estava com a camisa do Atlético, mas sem o short amarelo que usava na última vez em que foi vista. Imagens de câmeras de segurança mostram a menina correndo na rua com uma sacola de pão, após passar na padaria. Elas também mostram Paulo andando pela rua e conversando com a menina.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

Asafe Alcântara[email protected]

Coordenador de mídias digitais e repórter, no BHAZ, desde setembro de 2021. Atualmente concilia como repórter na Record TV Minas.
Jornalista graduado pelo UNI-BH, com experiência em redações de veículos de comunicação, como RedeTV! BH, TV Band Minas, TV Alterosa, TV Anhanguera (afiliada Globo GO), TV Justiça e CNN Brasil.

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