Menina pede para ver melhor amiga ‘Pâmela, a galinha’ após cirurgia e surpreende equipe do Hospital das Clínicas da UFMG

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Visita ajudou na recuperação da pequena Tifany (IFMG/Divulgação)

Uma menina de 10 anos surpreendeu a equipe do Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte, com um pedido inusitado. Enquanto muitos desejam a visita de familiares ou amigos, a garotinha ansiava por algo diferente: a companhia da “melhor amiga” de penas e asas, uma galinha de estimação chamada Pâmela.

Tifany Estaer estava internada há mais de um mês para tratar de uma malformação congênita na bexiga. Após passar 12 horas na cirurgia de reconstrução, ficar internada na CTI e enfrentar uma rotina hospitalar de medicações, exames e restrições, ela estava cansada, estressada e com saudades da companheira.

“Ela saiu do CTI com crises de ansiedade muito fortes e demonstrava rejeição à equipe, ao hospital, ficava transtornada com a cicatriz e reclamava muito de dor. Tudo isso estava atrapalhando a condução do tratamento. Foi quando ela começou a falar de Pâmela, que queria ver a Pamelinha”, explica Ana Cristina Vieira, mãe de Tifany.

Foi durante uma corrida de leito que a assistente social Marilene Moreira descobriu a importância de Pâmela na vida de Tifany. Determinada a proporcionar esse momento especial, Marilene e toda a equipe da Unidade da Criança e do Adolescente se mobilizaram para organizar o tão aguardado reencontro.

O reencontro

No dia 1º de março, Pâmela viajou de Capim Branco, a 54 quilômetros de BH, até o Hospital das Clínicas da UFMG. Em uma sala especialmente preparada, Tifany pode abraçar, dar carinho e brincar com Pâmela por aproximadamente três horas. “Quando eu encontrei a Pâmela, senti um alívio. Ela é como uma amiga. Minha melhor amiga”, conta.

Agora, após receber alta e já em casa, Tifany não vê a hora voltar à velha rotina com Pâmela. “Todos os dias, quando eu acordo, a primeira coisa que eu faço é ir até o quintal dar comida e um grande abraço na minha Pâmela”, afirma.

O professor de Pediatria do HC-UFMG que acompanhou Tifany, Alexandre Rodrigues Ferreira, disse que ações como a que possibilitou o reencontro da menina com o seu animal de estimação são importantes para tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor.

Segundo ele, tais ações são de extrema importância principalmente quando envolve crianças e adolescentes, que muitas vezes não entendem o que está acontecendo. “Tifany estava chorosa e triste, mais restrita ao leito. Depois da visita, tudo nela mudou para melhor”, ressalta.

Com UFMG

Amanda Serrano[email protected]

Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e da TV Band Minas. Também trabalhou na assessoria política. Atualmente é repórter do Portal BHAZ.

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