Morre menina de 12 anos, segunda vítima de atirador que matou apoiador de Lula em BH

Crime no Nova Cintra
Adolescente estava andando na rua quando foi atingida (Reprodução/Redes sociais)

A menina de 12 anos atingida por um tiro na noite de domingo (30) no bairro Nova Cintra, região Oeste de Belo Horizonte, morreu nesta quinta-feira (3) no hospital João XXIII. O autor do tiro é o homem que matou Pedro Henrique Dias, jovem de 28 anos assassinado enquanto comemorava a eleição de Lula (PT).

A morte de Luana sensibilizou a comunidade da Escola Estadual Cabana do Pai Tomás, onde ela estudava, e que confirmou a informação ao BHAZ.

A adolescente estava andando na rua com uma mulher de 47 anos quando as duas foram atingidas por tiros disparados pelo suspeito, de 36 anos. Em seguida, ele atirou em Pedro Henrique Dias e em outras duas mulheres da família dele.

O crime foi cometido pouco depois da confirmação da vitória de Lula na disputa presidencial.

Os crimes

A Polícia Militar foi acionada por volta das 19h50 por moradores da região. Na versão que apresentou à polícia, o assassino disse que passou o dia bebendo e ficou “desorientado”. Assim, pegou duas pistolas e foi em direção a um beco para “tirar satisfação” com supostos traficantes da região.

No caminho, ele encontrou várias pessoas na rua e decidiu atirar “aleatoriamente”, momento em que atingiu as primeiras duas vítimas: a menina de 12 anos e a mulher que a acompanhava.

Sem localizar os tais traficantes, foi até a avenida Tereza Cristina, avistou a família de Pedro Henrique Dias na garagem e começou a atirar. O jovem foi baleado três vezes e não resistiu aos ferimentos.

Polícia apreende armas

O homem foi localizado em uma mata próxima à região, e a PM apreendeu as duas armas e uma faca com ele. No depoimento, ele disse ter registro CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Além das pistolas, o atirador tinha um rifle.

O homem ainda disse ter diagnóstico de ansiedade e outros problemas psiquiátricos. Segundo relatou, ele tem recomendação para tomar remédios, mas não usa os medicamentos há mais de um mês. O boletim policial aponta que o suspeito tinha hálito de quem consumiu bebida alcoólica e fala desconexa.

Polícia Civil afirma que ele foi autuado em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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