Cliente é mordida por rato em motel de BH e será indenizada

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Cliente diz ter sido mordida por rato em uma das suítes do motel (Reprodução/Le Monde)

A Justiça de Minas Gerais condenou um motel de BH, o Le Monde, a pagar indenização para uma cliente após ela ser mordida por um rato em uma suíte do estabelecimento. O episódio ocorreu no dia 14 de janeiro de 2022, quando a mulher comemorava aniversário de namoro. O motel entrou com recurso contra a decisão.

Segundo o Juizado Especial Cível de BH, a juíza Beatriz Junqueira, responsável pelo caso, condenou o motel a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 2 mil. A cliente estava dormindo quando, por volta de 1h, foi surpreendida com uma queimação no dedinho do pé.

Ao acender a luz do quarto, o casal se deparou com um rato na parede, que havia mordido o pé da cliente. O dedo dela ficou sangrando e ela ainda conseguiu fotografar o animal. A mulher usou a foto como prova no pedido de indenização na Justiça.

Cliente mordida por rato no motel

A cliente procurou atendimento médico ainda durante a madrugada, com medo de ter sofrido alguma contaminação. No pedido de indenização, ela disse que houve falha na segurança biológica do motel, que não combateu adequadamente as pragas isolando o local.

Ela também destacou seu sofrimento pelo elevado risco de transmissão de doenças por parte dos ratos, como leptospirose, peste bubônica, tifo e hantavírus. Na contestação, o motel argumentou que não era possível comprovar que o casal esteve no estabelecimento naquela noite.

Porém, a juíza levou em consideração as conversas por WhatsApp entre a vítima e o Le Monde, que liberou o casal do pagamento da estadia por causa do ataque do rato. A juíza entendeu que, por se tratar de motel, não existe comprovação de reserva e, geralmente, não se emite nota fiscal.

Para a juíza, “tendo sido comprovada a falha na prestação dos serviços da empresa, certo é o seu dever de indenizar”. O advogado do motel Le Monde, Anderson Geraldo Rodrigues, disse ao BHAZ que o estabelecimento entrou com recurso para revisão da decisão da juíza e que irá se pronunciar após a sentença final.

A defesa da vítima, por sua vez, informou à reportagem que entrou com recurso para aumentar o valor da indenização. Segundo Guilherme de Moura Esteves, “nós vencemos o processo em primeira instância não de maneira totalmente satisfatória. Eu acredito que a indenização de R$ 2 mil está muito aquém do que necessita o caso”.

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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