O irmão da jovem que foi vítima de estupro em BH, no bairro Santro André, nesse domingo (30), tem sido atacado nas redes sociais por não ter acordado quando ela chegou em casa. A família do rapaz o defendeu durante entrevista ao programa Encontro nessa terça-feira (1°).
Na madrugada do domingo (30), o motorista de aplicativo que levou a jovem de 22 anos até em casa tocou no interfone do apartamento. Porém, segundo familiares, além do aparelho estar estragado, o irmão que mora com ela estava dormindo no momento.
Durante a entrevista, a irmã e o cunhado da vítima explicaram que o rapaz tem asma e foi ao hospital no dia do crime, onde tomou remédios que dão sono.
‘Ele não ia imaginar’
“O pessoal está falando ‘que irmão é esse?’. O irmão tem os compromissos dele, tem a vida dele, ele não ia imaginar que às 3h da manhã isso estaria acontecendo”, disse Diego, cunhado da jovem.
Os amigos da vítima chamaram um motorista de aplicativo para ela após o show no Mineirão e compartilharam a localização com o irmão dela. Kelly Rodrigues, irmã da vítima, disse que o rapaz não chegou a ver a mensagem avisando sobre o carro de aplicativo.
“Ele tem asma e, nesse dia, tinha passado no hospital, tomado antialérgico e medicações que dão sono. Ele dormiu e não viu a mensagem chegar”, explicou Kelly. Ainda na entrevista, a irmã da jovem de 22 anos contou que ela e a família “estão destruídos” com o que aconteceu.
“Hoje nós vamos ter que catar os cacos da minha irmã pra gente ter que colocar ela de pé de novo, sabe?”. A irmã contou que, até a segunda-feira, a mãe delas não sabia o que tinha acontecido. Segundo o cunhado da vítima, o suspeito do crime é morador do bairro Santo André.
Justiça decide manter suspeito preso
Diego contou que o suspeito, identificado como Weberson Carvalho da Silva, está alegando que “tentou ajudar” a vítima levando-a para o campo de futebol. Nessa terça-feira (1), a Justiça decidiu por manter o suspeito preso pelo crime de estupro contra a jovem.
A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva e ele seguirá detido durante as investigações, segundo a decisão. A juíza responsável, Juliana Beretta Kirche Pinto determinou que o caso fique sob sigilo, a fim de que a vítima seja preservada.
A decisão foi comunicada após audiência de custódia realizada na noite de ontem (1°). A polícia prendeu o suspeito de 47 anos no bairro Aparecida, na mesma região onde o crime ocorreu. À corporação, ele confirmou que carregou a jovem até o campo, porém negou que a tenha violentado.
