Motorista de app diz que voltou ao local onde deixou jovem desacordada em BH: ‘Já não estava lá’

abandono de incapaz
Jovem foi deixada desacordada na calçada de casa (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil disse, nesta segunda-feira (7), que o inquérito que investiga o caso da jovem de 22 anos que foi estuprada após um show está quase no fim. O crime aconteceu em 30 de julho, no bairro Santo André, na região Noroeste de Belo Horizonte.

Segundo a delegada Danúbia Quadros, o motorista de aplicativo disse, em depoimento, que voltou ao local em que deixou a vítima desacordada para checar se ela estava bem. No momento em que ele retornou, contudo, ela já havia sido carregada por um homem.

“Ele alega que tentou diversas vezes entrar em contato com o amigo da vítima pelo aplicativo, tentou acordar alguém da casa e até alguns vizinhos, mas que não obteve êxito. Ele então deixou a jovem na porta da casa e, minutos depois, retornou e a jovem já não estava no local. Ele então imaginou que algum familiar teria buscado a jovem e levado ela para casa”, detalha a investigadora.

O motorista, segundo a delegada, pode responder pelo crime de abandono de incapaz, previsto no artigo 133 do Código Penal. Ela também adianta que o amigo que chamou o carro por aplicativo e o motociclista que ajudou a tirar a jovem de dentro do veículo não serão responsabilizados.

Celular da vítima ficou com o motorista

A delegada diz que no dia em que o motorista prestou depoimento, ele levou o celular da jovem que tinha ficado dentro do carro. O homem alegou que o aparelho estava descarregado, informação que foi confirmada pela própria vítima.

A investigadora também esclarece que a vítima não tem nenhuma recordação do que houve durante a madrugada do crime, já que permaneceu desacordada até ser encontrada. Amigos e familiares dela já prestaram depoimento e a polícia aguarda a conclusão de alguns laudos para finalizar o inquérito.

O homem suspeito de cometer o crime de estupro de vulnerável contra a jovem permanece preso.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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