Atualização às 17:32 do dia 09/03/2022 : Atualizado para incluir nota divulgada pela Sejusp.
Milhares de policiais de Minas Gerais voltaram a se manifestar na Praça da Estação, em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (9). É o terceiro protesto após 17 dias de paralisação. Os servidores querem recomposição salarial de 24%, mas o governador Romeu Zema (Novo) ofereceu 10,6%, o que não foi aceito. De acordo com a Aspra (Associação dos Praças, Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais), uma nova assembleia deve ser realizada ainda hoje.
Em um carro de som, manifestantes gritavam “Zema caloteiro” e “se o Zema não pagar, a polícia vai parar”. Uma parte dos servidores segue em direção à Cidade Administrativa, com o objetivo de ocupar outros espaços e mostrar resistência da categoria.
Os manifestantes também aproveitaram o momento para rezar um Pai Nosso antes de prosseguirem. Além disso, foi pedido que não soltassem mais foguetes, para evitar que participantes sejam feridos.
O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) publicou uma decisão na manhã de hoje limitando o acesso dos manifestantes do governo de Minas. O documento determina que eles não invadam “prédios públicos e privados e a rampa do Palácio Tiradentes ou o centro de convivência da Cidade Administrativa”.
No mês passado, ao responder sobre as críticas relacionadas à recomposição salarial do funcionalismo, o Governo de Minas afirmou, por meio de nota, que tem feito “todo o esforço para que a correção da inflação seja possível para todos os servidores estaduais”.
Sejusp aponta ‘desvio de conduta’
Procurada hoje pelo BHAZ, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que vai apurar todas as condutas de servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais).
As recomendações são em relação à paralisação de atividades ou no que diz respeito a comportamentos inadequados e inaceitáveis durante as manifestações das forças de segurança.
“A Sejusp ressalta que não compactua com desvios de condutas de servidores públicos, que devem ser os primeiros a prezar e zelar pela segurança do cidadão mineiro”, diz nota do órgão.
A secretaria ainda reforçou que, nesta manhã, uma repórter da Band que fazia a cobertura da manifestação teve que ser socorrida e encaminhada ao hospital depois de um artefato explosivo estourar no seu entorno.