Polícia Civil prende traficantes em BH; quadrilha era liderada de dentro da cadeia

Grupo era comandado por um homem que cumpre pena por homicídio (Divulgação/PCMG)

A Polícia Civil de Minas Gerais desarticulou uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas no bairro Paraíso, região Leste da capital. A prisão de três homens com idades de 21, 22 e 32 anos concluiu o trabalho de investigação da polícia, que teve início em 2015. Outras sete pessoas foram indiciadas.

A organização era liderada por um homem que, de dentro da prisão onde cumpre pena por homicídio, passava os comandos para os cúmplices. Ele está preso desde 2012 e utilizava celulares para realizar, por exemplo, conferências com os demais integrantes do grupo. A esposa do detento o auxiliava nas ações.

Materiais apreendidos pela polícia (Divulgação/PCMG)

De acordo com o delegado Leandro Alves, responsável pelas investigações, o começo dos trabalhos ocorreu após a Polícia Militar realizar a apreensão de uma submetralhadora em um local conhecido cono Rato Molhado, no bairro Paraíso.

Durante as investigações foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão durante os meses de fevereiro e junho deste ano. Em flagrante, foram presos três pessoas por tráfico de drogas.

“A partir da apreensão e de diversas notícias que nós tivemos no local, da intensificação de confronto entre a gangue investigada e uma gangue rival, intensificamos a investigação sobre esse grupo criminoso”, disse o delegado.

Foram apreendidos durante os mandados aproximadamente um quilo de droga, entre maconha e crack; material para acondicionamento de cocaína; balanças de precisão; munição; diversos celulares; anotações de fluxo de caixa; cerca de R$ 2.500; uma câmera; um notebook e uma moto roubada.

O grupo comercializava as drogas nos bairros Paraíso, Santa Efigênia, Santa Tereza, São Lucas e Esplanada. O delegado ressalta que os grupos também vendiam armas, mas que esse não era o principal objetivo deles.

“Ali havia um histórico de confronto entre gangues há pelo menos quatro anos”, enfatiza o delegado. Um dos integrantes é considerado pela polícia como o “matador”, e seria suspeito em pelo menos quatro ocorrências de homicídios tentados e consumados.

O trabalho da polícia agora é para desarticular a organização rival e para saber quem fornecia as drogas para comercialização.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa, cujas penas máximas, somadas, podem chegar a 33 anos de prisão. Um dos investigados, também será indiciado pelo crime de roubo da moto apreendida.

Da PCMG

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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