“Ele estava realizado, muito feliz, com uma expectativa muito grande no curso. Era para ele estar aqui esta semana com a gente, de férias”. O caso do corpo do estudante Christiano de Souza Oliveira, de 20 anos, encontrado na Lagoa da Pampulha, no último dia 15, segue um mistério. Ao BHAZ, o motorista Christiano Cézar de Oliveira, pai do aluno da UFMG, contou que tem ficado noites sem dormir em uma tristeza sem fim. Segundo a Polícia Civil, o caso ainda é investigado e a polícia aguarda o laudo que vai indicar a causa da morte.
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Já são 20 dias desde que o corpo do jovem, estudante do 1º período de Ciência da Computação, foi encontrado. “A ficha ainda não caiu. Estamos muito aéreos ainda, retornando um pouco a rotina, aguardando mesmo o desenrolar das investigações. Queremos entender o que houve. A gente está muito triste, já são muitas noites sem dormir, não durmo mais e tenho dores de cabeça a todo momento”, desabafa o pai do estudante.
Para ele, o filho era uma pessoa exemplar. “O Christiano era um menino excelente, nunca deu trabalho para nós. Qualquer situação de escola, ele ajudava os amigos a resolver. Um filho que nunca deu trabalho, deixou muitas saudades, uma irmã apaixonada por ele, uma mãe que morria de amores e eu, um pai que sempre o admirei”.
Em um primeiro momento, Christiano estudaria em uma faculdade particular, no Vale do Aço, local onde a família mora. “Mas a nota do Enem dele dava para realizar o sonho de entrar para a UFMG. Fizemos tudo o que nós pudemos para ele estar onde queria estar. Coronel Fabriciano ficou muito pequena para ele, meu filho queria mais, queria conhecer tudo o que pudesse. Nós abraçamos a vontade dele”, continua o motorista.
“O Christiano estava realizado, muito feliz, com uma expectativa muito grande. Era para ele estar aqui essa semana com a gente, de férias, curtindo com a família dele, mas ele não volta mais”, desabafa o pai do jovem emocionado.
O motorista diz que prefere não ficar muito próximo às investigações e evita ouvir teorias especuladas pelas pessoas. “Cada um fala uma coisa, preferimos nos desligarmos disso. Está na mão da polícia, eles que têm o papel de investigar isso”, completa.
Relembre o caso
Christiano de Souza Oliveira estava desaparecido e havia sido visto pela última vez, em frente ao antigo Sine da avenida Cristiano Machado, no bairro Floramar, região Norte de Belo Horizonte. O último contato com a família foi por volta das 20h20, do último dia 13 de novembro.
O corpo foi encontrado, no dia 15 do mesmo mês, dentro da Lagoa da Pampulha, segundo a PM (Polícia Militar), sem nenhum sinal de violência. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia da região Noroeste da capital, que aguarda por laudo pericial.
