PBH retoma campanha contra uso de cerol e linha chilena; ‘é crime’

Gravidade dos acidentes causados por linha chilena fez com que PL fosse apresentado

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP), retomou a campanha “Cerol Mata”, para combater o uso de cerol e da linha chilena na capital. Isto porque, com a aproximação das férias escolares, o período é marcado pelo aumento de acidentes envolvendo as linhas cortantes.

Este ano, a campanha tem caráter multidisciplinar, com a participação de órgãos municipais, estaduais e representantes da sociedade civil. O objetivo é alertar a todos sobre o perigo que a linha chilena e o cerol representam não somente para quem empina o papagaio, mas também para todo o restante da sociedade, resultando em ferimentos e até em morte, vitimando, sobretudo ciclistas e motociclistas.

Por exemplo, no último dia 24, um motociclista de 38 anos morreu após ter o pescoço cortado por linha chilena. O caso ocorreu na avenida Altino José Costa, no bairro Bom Retiro, em Contagem, na região Metropolitana da capital.

Linha chilena

Segundo dados da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em 2017, 25 casos de cortes graves com linhas chilenas foram atendidos no Hospital João XXIII. Em 2018, com dados contados até o mês de maio, já são 10 casos.

No ano passado, os casos recorrentes de vítimas da linha chilena motivou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a criar uma campanha de conscientização da população sobre o problema.

A linha chinela tem sido a preferida dos praticantes de papagaio. O material é resistente é tem um poder de corte quatro vezes maior que uma linha com cerol feito de vidro. O cerol chileno é feito com uma mistura de quartzo e óxido de alumínio. O vídeo a seguir mostra o potencial de corte da linha:

 

Brincadeira x crime

A patrulha feita pela Guarda Municipal em toda a cidade no último domingo (1º), primeiro dia da campanha de 2018, resultou na apreensão de 70 latas envoltas em linha chilena ou com cerol.

No sábado, dia 30, o patrulhamento preventivo rotineiro da Guarda Municipal foi marcado pelo socorro prestado a uma vítima da linha cortante. Agentes que faziam patrulhamento motorizado na avenida dos Andradas, na altura do bairro Pompeia, depararam com o motociclista Ivan Rodrigues de Oliveira, de 25 anos, sentado ao lado de sua moto, gravemente ferido no pescoço por uma linha cortante. Ele foi encaminhado para o Hospital João XXIII, onde permanece internado.

A legislação que proíbe a comercialização e o uso do cerol em BH completa 22 anos, este ano. A Lei 7.189 de 1996 recebeu reforço, em 2003, com a publicação da Lei 8.563. Em 2006, a Lei 9.137 instituiu, na capital mineira, a última semana do mês de junho como a Semana de Conscientização de Combate ao Cerol, enfatizando que o uso de linhas cortantes configura em crime.

Da redação Bhaz com PBH

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