A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) anunciou nesta quinta-feira (27) que estuda fazer uma série de ações para incentivar a retomada do comércio após o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus. Entre os planos, estão a criação de aplicativos para driblar as altas taxas cobradas pelas ferramentas tradicionais – como iFood e Uber Eats -, a desburocratização de processos e o fechamento de ruas.
A administração municipal anunciou hoje a reabertura de academias, clínicas de estética e bares – com direito a venda de bebidas alcoólicas (leia mais aqui). Apesar de reforçar que, dependendo do comportamento da população e do avanço da Covid-19, o comércio pode voltar a ser fechado, a PBH anunciou planos para auxiliar na retomada do setor.
“A maior parte das ações em estudo ficarão prontas no final do ano, outras ficarão na agenda para que a próxima gestão possa atuar nesses campos”, explicou o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis. “Algumas são de curto prazo, como as calçadas operacionais. Vamos tornar os comércios mais seguros”, complementou.
Segundo Reis, a PBH vai fechar calçadas estreitas – como algumas do Centro da cidade – para dar mais segurança aos clientes na hora do consumo. “A partir de hoje, até o fim da tarde, teremos um pequeno manual sobre a reabertura dos bares e restaurantes. É importante que os proprietários fiquem atentos”, adiantou.
“A medida de fechamento de ruas é para mitigar o impacto dos próprios protocolos na atuação dos setores comerciais. O que vamos fazer é possibilitar que a área desses restaurantes sejam ampliadas. De forma alguma isso poderá virar grandes aglomerações. Ruas que têm uma propensão de virar um Carnaval se fechar, elas não serão fechadas. Não é esse o momento”, esclareceu o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Aplicativos
A prefeitura também anunciou que estuda desenvolver aplicativos para auxiliar na retomada do comércio da capital mineira. São ações para se concretizarem a médio prazo, conforme explicou Reis, mas funcionariam da seguinte forma: a PBH auxiliaria na criação de uma espécie de iFood para que os comerciantes não fossem prejudicados com as altas taxas cobradas por essas ferramentas.
“Nesse campo, a gente percebe que temos condições de fazer o fornecimento de uma ferramenta que a fidelização não será ao aplicativo, mas ao comércio. A gente acha que é uma oportunidade de negócio para o setor comercial, com o desenvolvimento de uma aplicação nesse sentido”, adiantou, sem detalhar. “Temos ainda que construir um modelo de negócio para isso”, ponderou.
Um outro aplicativo seria semelhante às antigas páginas amarelas, como eram conhecidas as listas telefônicas. O objetivo seria fomentar o comércio local. “Seria como se você pudesse estabelecer um raio de ação para a contratação de um serviço, como eletricista, encanador, uma série de pessoas. Isso servirá para o fortalecimento de comércios e serviços em um raio mais próximo das nossas casas”, afirmou o secretário.
Ainda no setor de tecnologia, Reis afirmou que estuda, em parceria com o Sindilojas BH (Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte), alguma outra forma de fomentar vendas oline.
Desburocratização
“Teremos também a desburocratização de algumas ações internas, como a abertura e regularização dos negócios. Para a abertura de novos negócios e relações com a prefeitura, ações desse tipo serão ações declaratórias. Vamos sempre partir da boa fé dos usuários, para que tenhamos agilidade na aprovação dessas licenças”, complementou o secretário de Planejamento.
Os detalhes de como seria essa desburocratização, no entanto, não foram divulgados.
