A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deu um prazo de 72 horas para que a Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa), vinculada à UFMG, preste esclarecimentos sobre a morte de uma jovem na UPA Centro-Sul nesta semana. Mariane Silva Torres, de 26 anos, deu entrada na unidade na terça-feira (23), sentindo fortes dores. Ela não resistiu e morreu no local.
A Fundep é a responsável por administrar a unidade e deverá responder ao ofício da PBH, detalhando a atuação dos profissionais que atuam no local, incluindo os médicos.
Em nota, a prefeitura também disse que se solidariza com os familiares e amigos de Mariane e que mantém, desde 2008, um convênio com a Fundep para melhorar o atendimento na UPA Centro-Sul.
O BHAZ solicitou posicionamento da Fundep quanto ao caso e aguarda retorno.
Relembre o caso
Familiares de Mariane Silva Torres denunciam negligência no atendimento médico prestado à jovem na UPA Centro-Sul, em Belo Horizonte. A paciente morreu após ficar cinco horas na unidade sentindo fortes dores nas pernas e no tórax na última terça-feira (23).
Aos policiais, o namorado de Mariane contou que o porteiro do prédio onde ela morada a levou ela para a UPA por volta das 13h. O rapaz afirma que chegou na unidade instantes depois e encontrou a jovem agonizando no chão e se queixando de muitas dores.
Na triagem, ela recebeu a classificação de “sem prioridade”. O rapaz conta que, depois de muito tempo, uma médica examinou a paciente e disse que se tratava de uma crise de ansiedade.
Medicada, ela continuou sentindo dores, então o namorado pediu ajuda para enfermeiras, mas elas não souberam informar onde estava a médica. Ainda de acordo com o rapaz, Mariane teve um mal súbito e morreu no local.