Petroleiros de Minas Gerais cumpriram a ameaça e paralisaram os trabalhos neste sábado (26) como protesto. Apesar da FUP (Federação Única dos Petroleiros) suspender a greve, o Sindipetro-MG (Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais) manteve a suspensão do serviço, ainda por tempo indeterminado.
“Em avaliação conjunta com a diretoria do Sindipetro-MG na manhã deste sábado (26), os trabalhadores da Regap [Betim] e Termelétrica Aureliano Chaves [Ibirité] decidiram pelo corte de rendição de 8h. Portanto, não houve entrada dos trabalhadores dessas unidades no horário de 7h30”, afirmou, por nota, o sindicato.
Os trabalhadores ainda afirmaram que vão avaliar se mantém ou não a greve em cada troca de turno. “Até que a nova proposta do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e a continuidade ou suspensão da greve sejam apreciadas em assembleias”, diz.
“O sindicato está disposto a negociar com a empresa para que nossa greve não prejudique serviços essenciais para a população. Mas o que a empresa está propondo é praticamente que não façamos greve. Não vamos abrir mão desse direito legítimo da classe trabalhadora”, disse o coordenador do Sindipetro-MG, Anselmo Braga.
FUP aceita
Por sua vez, a FUP decidiu suspender a greve programada para hoje após mediação do TST. Entre as alterações propostas pelo tribunal estão a maior participação dos empregados na assistência à saúde, valor agora limitado a 30%, a necessidade de negociação com o sindicato para estabelecer turnos de 12 horas, uma nova política de horas extras e a extensão do acordo às empresas subsidiárias da Petrobrás.
De acordo com a FUP, o movimento grevista ficará suspenso até 1º de novembro – data final para a conclusão das assembleias estaduais da categoria que vão apreciar a proposta mediada pelo TST. Segundo a FUP, o movimento de paralisação poderá ser retomado, caso a Petrobras não acate o acordo mediado pela Justiça Trabalhista.
Dos 18 sindicatos de petroleiros existentes em todo o país, 13 são filiados à FUP.
Com Agência Brasil
