A Polícia Civil de Minas Gerais identificou, nesta quarta-feira (10), mais uma vítima do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de BH. Se trata do mecânico Uberlândio Antônio da Silva, que faleceu aos 54 anos. Ao todo, já foram encontrados os corpos de 263 vítimas do desastre ambiental, ocorrido em 2019. Sete ainda estão desaparecidos.
Capixaba, Uberlândio trabalhava como mecânico de empilhadeira em uma empresa terceirizada pela Vale. Segundo a Polícia Civil, a identificação foi realizada por equipes do Instituto de Criminalística, a partir de DNA.
“A gente analisou mais de mil amostras vindas lá de Brumadinho, isso desde janeiro de 2019. Hoje nós temos cerca de 20 a 30 amostras em andamento. Isso não quer dizer que a gente vá obter sucesso na identificação daqueles que ainda faltam, mas são amostras que ainda estão em análise e só teremos essa resposta ao final dela”, explica o perito criminal Higgor Dornelas.
A #PCMG identificou mais uma Jóia, vítima do rompimento da barragem em Brumadinho. A identificação foi realizada por meio dos trabalhos das equipes do Instituto de Criminalística, a partir de DNA. Ao todo, 363 Jóias já foram identificadas. pic.twitter.com/FXtMeifofa
— Polícia Civil de MG (@pcmgoficial) November 10, 2021
Mais de mil dias de buscas
Desde janeiro de 2019, somando 1020 dias de operação, os bombeiros trabalham no local para encontrar as vítimas desaparecidas – chamadas pelos bombeiros de joias – e devolvê-las às famílias que ainda não tiveram a oportunidade de se despedir.
A maior operação de busca e salvamento da história do país, que começou no dia 25 daquele mês, já está em sua oitava estratégia para a localização das vítimas. Desde o dia 22 de setembro deste ano, a corporação passou a utilizar um dos cinco maquinários que irão compor essa nova etapa das buscas (veja aqui).
A máquina – já usada na mineração – foi adaptada para que consiga auxiliar na identificação dos restos corporais das vítimas. Em vez de realizar as buscas em campo, os bombeiros ficarão dentro de uma cabine climatizada onde irão vistoriar os rejeitos coletados pelo equipamento.
Segundo o major Ivan Neto, com esse novo equipamento, há um aumento de 380% na efetividade das buscas. “Cada bombeiro militar consegue vistoriar 25 mil metros cúbicos a cada hora. Com a utilização do equipamento, a gente utilizando só a máquina para fazer essa separação, a gente consegue passar para 120 metros cúbicos a hora”, pontuou.
Veja abaixo os nomes das sete pessoas ainda desaparecidas:
- CRISTIANE ANTUNES CAMPOS
- LECILDA DE OLIVEIRA
- LUIS FELIPE ALVES
- MARIA DE LURDES DA COSTA BUENO
- NATHALIA DE OLIVEIRA PORTO ARAUJO
- OLIMPIO GOMES PINTO
- TIAGO TADEU MENDES DA SILVA