Damião anuncia que vai judicializar greve dos professores em BH

27/06/2025 às 12h38 - Atualizado em 27/06/2025 às 15h58
Álvaro Damião, prefeito de BH
O prefeito de BH, Álvaro Damião (Amanda Serrano/BHAZ)

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), afirmou nesta sexta-feira (27), durante coletiva de imprensa, que vai judicializar a greve dos professores. A categoria decidiu pela continuidade da paralisação em assembleia realizada na tarde dessa quinta-feira (26).

Damião disse que a prefeitura fez 34 reuniões com o sindicato para tentar chegar a um acordo, mas que nenhum foi aceito. “Todas as categorias, sem exceção, aceitaram as propostas sem nenhum problema. Não podemos fazer o que eles querem, temos que ter responsabilidade”, afirmou.

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Ainda segundo o prefeito, os professores em greve não vão receber pelos dias que não trabalharam. “Vamos passar a folha de ponto para todos os professores e eles vão perceber que estarão cortados. A justiça não me permite pagar salário para uma pessoa que não está trabalhando”, disse.

Damião explicou que as propostas oferecidas estão dentro da capacidade do que a prefeitura pode pagar e relembra que o reajuste de 2,4% é referente a apenas os meses de janeiro a abril. “A partir de maio, juntando com o próximo ano, faremos a recomposição anual. Ano passado fizemos o reajuste da inflação com ganho real. Neste, o que propomos está acima da inflação, os ganhos foram de 1,5, e estamos oferecendo 2,4 só por esses quatro meses”.

Greve por reajuste

A greve dos professores foi aprovada no último dia 5 de junho. Os profissionais rejeitam a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Executivo Municipal, que ofereceu um aumento de 2,49% aos educadores. O índice, segundo o sindicato, está abaixo do reajuste do Piso Nacional do Magistério para 2025, fixado em 6,27%.

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind Rede-BH), Carol Pasqualini, afirmou ao BHAZ que, das 34 reuniões, 23 foram feitas para resolver problemas de diretores de escola, vice-diretores e coordenadores, mas não dos professores. 

Sobre o pagamento da folha de pontos, Pasqualini demonstrou revolta com a decisão. “Também é estranho para a gente que a prefeitura, que não consegue resolver problemas básicos do nosso contracheque, da nossa folha de ponto, da nossa vida funcional, tem uma agilidade tão grande para cortar os pontos apenas dos professores grevistas”, desabafou. 

De acordo com a diretora, o salário dos professores foi sendo “achatado” ao longo dos anos. “Belo Horizonte é uma cidade rica, muito rica, tem condições de fazer no mínimo o cumprimento do índice do piso, porque é isso que nós estamos pedindo, que o índice do piso, que é reajustado todo ano, seja aplicado no nosso salário a partir de primeiro de janeiro”, concluiu.

Amanda Serrano

Com experiência nas principais redações de Minas, como Jornal Estado de Minas e TV Band Minas, além de atuação como assessora política, Amanda Serrano é, atualmente, repórter do Portal BHAZ. Em 2024, fez parte da equipe vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo.

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Com experiência nas principais redações de Minas, como Jornal Estado de Minas e TV Band Minas, além de atuação como assessora política, Amanda Serrano é, atualmente, repórter do Portal BHAZ. Em 2024, fez parte da equipe vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo.

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