O protetor de animais do Instituto Anhangá denunciou a Prefeitura de Ibirité, nessa segunda-feira (22), por ter destruído a nascente que fornece água para os 365 animais do local. Segundo Arley Fulco, a administração municipal se recusa a mandar caminhão–pipa para ajudar o abrigo.
Ao BHAZ, Arley relatou que a prefeitura fez uma obra nos bairros Jardim das Rosas e Petrolina, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, há cerca de cinco anos. A correnteza acabou sendo jogada para dentro da fazenda onde funciona o instituto, soterrando uma das nascentes.
O órgão ainda tentou resolver o problema, à época, mas a água do poço da nascente ficou turva, segundo Arley. Como a água continuou inutilizável, a Prefeitura de Ibirité passou a mandar caminhões–pipa anualmente para abastecer os animais.
“Neste ano eles falaram que a água do caminhão–pipa é imprópria e não quiseram mandar”, denuncia o protetor de animais. Com a falta de respostas por parte da prefeitura, Arley registrou um boletim de ocorrência.
Questionado se a prefeitura de Ibirité entrou em contato após a denúncia, o protetor negou. “Não, e nem vai entrar. Eu tenho mais de 40 ofícios nos últimos sete anos enviados para a prefeitura, diversos pedidos de reunião mas eles não tem interesse nenhum na causa animal”, completou.
O protetor dos animais demonstra preocupação pois, segundo ele, os animais têm água apenas para mais um dia. “Lá na fazenda não tem Copasa e nós não temos dinheiro para comprar caminhão–pipa. Não tem o que fazer, estamos fazendo angu para os animais não passarem fome”, afirma.
Em contato com a Prefeitura de Ibirité, o órgão disse, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, “que a responsabilidade de fornecimento de água potável é da Copasa”. A secretaria negou ter conhecimento “de qualquer intervenção que tenha causado danos à nascente e poços mencionados”.
