Professora da UFMG é a segunda melhor cientista do Brasil, aponta ranking internacional

A professora foi uma das duas brasileiras que entraram para a lista das melhores cientistas do mundo (Amanda Dias/BHAZ + Divulgação/UFMG)

Duas brasileiras integram ranking de melhores pesquisadoras do mundo divulgado pela plataforma acadêmica Research.com. Uma delas é professora e pesquisadora da Escola de Enfermagem da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Trata-se de Deborah Carvalho Malta, pesquisadora com atuação voltada para políticas públicas em saúde. Os trabalhos acadêmicos da mineira tem mais de 89 mil citações em outros artigos relacionados ao tema. O feito a coloca entre as duas brasileiras eleitas para a seleta lista de 1000 melhores pesquisadoras do mundo. Ela ocupa a posição 835.

Outra brasileira, Maria Inês Schmidt, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), está na posição 723, com mais de 91 mil citações no ranking da Research.com.

Oito das dez primeiras colocadas são pesquisadoras dos Estados Unidos. JoAnn E. Manson, da Escola de Medicina de Harvard, é a número 1, com 359 mil citações. Ela é a única mulher no top 10 de melhores cientistas, lista que inclui homens.

Quem é Deborah Carvalho Malta, professora da UFMG entre as melhores do mundo?

Nascida em Prados, no Campo das Vertentens, Deborah Carvalho Malta formou-se na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) na década de 1980 e é a primeira médica nascida na cidade.

A residência em medicina preventiva social a levou a atuar com saúde pública e, por consequência, atuou em órgãos estatais, como as prefeituras de Belo Horizonte e Ipatinga e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Uma pesquisa coordenada por Deborah no primeiro mandato do presidente Lula serviu de embasamento para políticas públicas antitabagismo no Brasil. “Antigamente, era normal as pessoas fumarem em todos os lugares. O trabalho do Ministério da Saúde para diminuir o número de fumantes no país é um exemplo de mudança comportamental. Foram os dados coletados em nossas pesquisas que ajudaram a mudar a percepção das pessoas sobre fumar em ambientes fechados”, afirma a professora em entrevista para o site da UFMG.

Foram examinados cerca de 166 mil perfis de cientistas em 24 disciplinas de pesquisa no Google Scholar e no Microsoft Academic Graph.

Deborah Malta conquistou na semana passada o Prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger 2023. A premiação é concedida anualmente a três estudiosas brasileiras que se destacam por suas contribuições nas áreas de ciências exatas, ciências naturais e ciências humanas.

Edição: Roberth Costa
Isabella Guasti[email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

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