Professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) entraram em greve nesta quarta-feira (16). Eles se juntam aos servidores administrativos da instituição — os quais estão paralisados desde 31 de outubro — contra a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 55, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Segundo informou a assessoria da APUBH (Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco), ainda não é possível precisar o número de professores que aderiram à greve.
No entanto, ainda conforme o sindicato, cerca de 300 docentes ocupam o auditório da reitoria da UFMG, na tarde desta quarta-feira, onde ocorre uma assembleia geral para analisar o primeiro dia de paralisação.
O ato em protesto contra a PEC dos gastos foi decidido na última sexta-feira (18) em assembleia dos professores e técnicos administrativos da instituição.
De acordo com o Sindifes (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino), em pelo menos 15 prédios da UFMG os serviços administrativos estão suspensos.
PEC 55
Em tramitação no Senado, a PEC 55 é tida pelo Governo Federal com uma das principais medidas para a recuperação econômica do país.
Por outro lado, com o congelamento dos gastos públicos durante os próximos 20 anos, conforme previsto na proposta, estudantes e professores temem cortes nos repasses para a área da educação.
A proposta já foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados — enumerada como PEC 241. Entretanto, ainda precisa ser aprovada pelo Senado para então ser encaminhada à sanção presidencial.