Profissionais de saúde da rede Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (5). Durante a manhã, a categoria protestou na porta do hospital João XXIII, em BH.
Segundo o Sindpros (Sindicato do Profissional de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde, Analista de Gestão e Assistência à Saúde), os profissionais protestam contra o aumento da carga horária e a perda de direitos por parte das profissionais que são mães de pessoas com deficiência.
“Essas medidas impactam os trabalhadores ao retirar direitos como, a perda do horário de descanso, perda do horário de almoço, perda das folgas legais entre outras perversidades. Além, de aumentar a carga horária contratual de forma ilegal e impositiva, sem nenhuma compensação”, disse o sindicato, em nota.
Mudanças na jornada de trabalho
Ainda segundo os trabalhadores, a greve também foi motivada após o Governo de Minas não cumprir acordo firmado em fevereiro desde ano, que previa uma mesa de negociação com objetivo de discutir as mudanças na jornada de trabalho.
“Essas mudanças têm gerado absurdos como: A retirada do direito das mães e pais trabalhadores da Fhemig, que possuem filhos com necessidades especiais, poderem cumprir o horário especial para poder acompanhar seus filhos em tratamento e consultas”, diz o comunicado.
A resolução também prevê, segundo a categoria, a diminuição no atendimento aos pacientes de oncologia do Hospital Alberto Cavalcanti, no bairro Padre Eustáquio. Eles teriam sido impactados com a redução de 72h de atendimento ambulatorial por semana e de 162 atendimentos por semana.
Em nota enviada ao BHAZ, a Fhemig disse que “mantém diálogo contínuo junto aos servidores estaduais na intenção de compreender suas reivindicações, e que o Governo de Minas realiza estudos para a definição das providências cabíveis” (leia na íntegra abaixo).
Nota da Fhemig na íntegra
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informa que mantém diálogo contínuo junto aos servidores estaduais na intenção de compreender suas reivindicações, e que o Governo de Minas realiza estudos para a definição das providências cabíveis relativas às solicitações apresentadas, incluindo às relativas à resolução Seplag número 068, sempre considerando os limites estabelecidos pela legislação vigente.
Em relação à Resolução SEPLAG/ FHEMIG 10730/2023, cabe destacar, ainda, que ela estabelece parâmetros e critérios para o cumprimento da jornada, observadas as práticas já vigentes, legislação pertinente e diretrizes dos órgãos de controle. São mais de 30 opções de jornada de trabalho para os servidores, a variar conforme carga horária semanal (12, 16, 20, 24, 30 e 40 horas). A jornada de trabalho de 12×60 horas de servidor com carga horária semanal de 30 horas segue os mesmos parâmetros das demais jornadas. Portanto, não há aumento da carga horária dos trabalhadores.