Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na madrugada desta sexta-feira (9), sete integrantes de duas associações criminosas distintas e um receptador envolvidos em furto, desvio e possivelmente adulteração de combustíveis – gasolina e diesel.
O que motivou a PCMG a realizar a investigação foram informações alegando que alguns postos de gasolina da região metropolitana de Belo Horizonte estavam recebendo menos combustível do que o combinado com as transportadoras.
Gustavo Barletta, delegado responsável pelas investigações, disse que os criminosos utilizavam caminhões autorizados por transportadoras para levarem combustíveis para galpões localizados no bairro Jardim Teresópolis. O local que deveria ser levado era para a refinaria em Betim, mas eles desviavam do local correto.
“Depois de desviar e transportar o combustível até os galpões, eles possivelmente adulteravam os combustíveis, dependendo da quantidade furtada, e revendiam a postos que não tinham ciência do esquema criminoso ou até mesmo no varejo, para condutores que tinham informação das atividades ilícitas”, pontuou Gustavo Barletta.
Quando a quantidade de combustível desviada era razoavelmente pequena para o atacado – cerca de 50 litros, em uma escala total de cinco mil – o furto não era reconhecido pelos clientes, pois existe uma margem de perda durante a passagem do combustível, dada a alta volatilidade do material.
A Polícia Civil levantou que o combustível era adquirido pelo preço normal de tabela da refinaria, e depois vendido nos galpões por R$2,30 o litro pelos caminhoneiros. Já os galpões realizavam a venda por R$3,00 a R$3,20 o litro.
O delegado Gustavo Barletta, fez um alerta a população quanto ao risco criminal de adquirir combustível de qualquer espécie com procedência duvidosa. “Pessoas que procuram tais galpões para abastecer respondem por receptação, podendo pagar o risco de uma falsa economia perante a Justiça”.
A PCMG estima que os suspeitos tenham lucrado uma média de R$ 5 a R$10 mil por mês com as atividade ilegais, considerando-se, ainda, que os dois grupos já estavam atuando há aproximadamente um ano.
Os presos responderão pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa, podendo também serem indiciados por adulteração de combustível, a depender do laudo técnico da perícia da PCMG.