Mesmo com restrições, ‘reabertura’ do Mercado Central tem filas de espera e intensa movimentação

Primeiro dia após reabertura já teve filas na entrada (Luiz Carlos Braga/Mercado Central/Reprodução)

O Mercado Central de Belo Horizonte, um dos pontos mais famosos da capital, liberou o funcionamento de mais lojas, nesta segunda-feira (18), depois de passar cerca de 60 dias com funcionamento mínimo. O espaço adotou restrições de acesso e limitação de público por conta da pandemia de Covid-19. Ainda assim, filas e uma intensa movimentação foram registradas no local ao longo do dia.

Ao todo, somente 370 clientes podem estar dentro do Mercado Central simultaneamente. Para fazer cumprir tal determinação, o estabelecimento conta agora com cartões para contagem de público. Assim, as pessoas só são liberadas para entrar quando outras vão saindo. Medidas como uso de máscara de proteção e álcool-gel nas portarias também são observadas.

Segundo o superintendente do empreendimento, Luiz Carlos Braga, a média de público está entre 290 e o limite de 370 pessoas. Por isso, algumas filas se formam nas portarias, com tempo de espera entre 3 e 5 minutos. Apesar de garantir o clima tranquilo e controlado no Mercado, ele reconhece que o fluxo dos clientes aumentou. “Tá uma segunda-feira atípica, parece que tem gente achando que poderia vir tomar cerveja”, comenta.

Reabertura de lojas movimentou Mercado Central nesta segunda
(Luiz Carlos Braga/Mercado Central/Divulgação)

No entanto, bares e restaurantes continuam fechados. Segundo Luiz Carlos Braga, a partir desta segunda, funcionam os estabelecimentos que equiparam o Mercado a um grande hipermercado. Ou seja, podem funcionar lojas que vendem produtos encontrados em comércios do tipo, como artigos de cozinha e bebidas, por exemplo.

Os comércios de alimentos já estavam abertos e continuam a funcionar normalmente. Por outro lado, salões de beleza e lojas de artesanato permanecem fechados, assim como as lojas de animais, que só podem ser abertas para alimentação dos bichos.

Reabertura para lojistas

A comerciante Tatiana Silva, que tem uma loja de alimentos no Mercado, permaneceu em atividade durante todo o período, mas percebeu um aumento no fluxo de pessoas nesta segunda.

“Muitos tinham medo de sair de casa, mas agora já pode entrar em muitas lojas que estão abertas. Os clientes estão felizes. A gente vê eles felizes e a gente fica feliz também”, relata.

Por outro lado, a lojista Sandra Arvelos, que tem uma floricultura, decidiu continuar com o comércio fechado na maior parte do tempo, mesmo podendo reabrir, para proteger os funcionários. “A gente é grupo de risco, todos têm mais de 55 anos. Mas a gente também não tá aguentando mais, são 63 dias sem trabalhar”, lamenta.

‘Injustiçado’

Na semana passada, quando o Mercado Central anunciou a reabertura das lojas, a informação era de que todos os estabelecimentos voltariam a funcionar – o que não ocorreu por conta daqueles que não se enquadram em diretrizes de serviços essenciais determinados pela Prefeitura de BH.

Antes do anúncio, 110 das 400 lojas seguiam abertas. Agora, são 340 em funcionamento. Em coletiva realizada nesta segunda, Kalil comentou a situação do Mercado Central e disse que o empreendimento foi “injustiçado”.

+ Mercado Central anuncia reabertura de lojas de serviços não essenciais

“O Mercado Central foi injustiçado. As lojas autorizadas a abrir lá são justamente as autorizadas a abrir na cidade de Belo Horizonte que são as de alimentos, as lanchonetes fechadas. O que abriu lá hoje é o que já estava aberto na cidade: farmácia, supermercados e restaurantes”, disse.

“Então o que houve é que não foi isonômico com o resto que tava aberto. Recebi notícia hoje que lá tá em ótimo tom, hoje de manhã, eram 300 pessoas autorizadas a circular”, completou o prefeito.

31 mortos e 1.158 infectados

De acordo com o boletim epidemiológico mais recente da SES-MG (Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais), divulgado nesta segunda (18), Belo Horizonte tem 31 mortos por Covid-19 e 1.158 infectados pela doença. Em toda Minas, 161 morreram depois de contrair o novo coronavírus. O número total de diagnósticos confirmados chega a 4.695, enquanto o de recuperados é 2.254. Confira o boletim na íntegra aqui.

O que diz a PBH?

Por meio de nota, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) explica que o Mercado Central “pode reabrir os estabelecimentos que estão enquadrados no decreto municipal 17.328, como farmácia, mercearia, hortifruti, armazém, açougue, entre outras”. Confira na íntegra abaixo:

“A Prefeitura de Belo Horizonte esclarece que Mercado Central pode reabrir os estabelecimentos que estão enquadrados no decreto municipal 17.328, como farmácia, mercearia, hortifruti, armazém, açougue, entre outras.

Ainda conforme previsto no decreto, os restaurantes que tenham estrutura e logística adequadas podem efetuar entrega em domicílio e disponibilizar a retirada no local de alimentos prontos e embalados para consumo fora do estabelecimento, desde que adotadas as medidas estabelecidas pelas autoridades de saúde de prevenção ao contágio e contenção da propagação de infecção viral relativa ao Coronavírus.

A PBH salienta ainda que o Mercado Central irá adotar medidas de restrição para controlar o número de pessoas que irão entrar no local”.

Reforce a proteção contra o vírus

Autoridades de saúde orientam que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

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