Uma confusão envolvendo seguranças do metrô de Belo Horizonte e uma equipe da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas, virou assunto nas redes sociais nesta semana. A emissora transmitia o programa Alterosa Alerta, na terça-feira (23), quando o repórter responsável por noticiar o reajuste da tarifa do metrô começou a ser impedido de gravar no local, tudo isso ao vivo.
O apresentador Stanley Gusman observava do estúdio e ficou bastante alterado com a situação. Ele xingava e gesticulava bastante. A gota d’água foi o momento em que seguranças taparam a câmera com as mãos e danificaram o celular do repórter. A Polícia Militar (PM) foi chamada e chegou ao local ainda com a reportagem no ar, para surpresa de quem assistia à atração.
“Você que está no metrô agora, façam imagem disso aí. Eu quero a polícia lá agora. Liguem para a polícia. Estão agredindo meu repórter ao vivo! A violência contra a equipe de jornalismo no metrô de BH. Isso aqui é TV Alterosa, eu exijo respeito aos meus jornalistas”, disse Stanley.
Em outro momento, o âncora pediu para ser substituído no comando do programa e, após ser liberado, abandonou o estúdio para ir até a estação onde a confusão ocorria. “Nós estamos aqui para mostrar a realidade do dia a dia das pessoas aqui. Ninguém tem o poder de tirar do povo o direito de ir e vir”, disse assim que chegou ao local. “A hora de empurrar a minha equipe é agora. Estou ao vivo, Minas Gerais está me assistindo, então a hora de empurrar é agora”, desafiou.
Assista abaixo!
Procurada pelo BHAZ, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, responsável pelo metrô de BH, informou que “em nenhum momento a Segurança da Companhia teve qualquer intenção em cercear o trabalho da Imprensa”. Disse ainda que a produção da TV Alterosa não “chegou a pedir, sequer, autorização para realização de reportagem na Estação Central”, o que é o “procedimento habitual para a execução de quais atividades, neste referido meio, e em qualquer empresa pública ou privada”.
Veja a nota na íntegra abaixo
“A CBTU Belo Horizonte esclarece que em nenhum momento a Segurança da Companhia teve qualquer intenção em cercear o trabalho da Imprensa – que diga-se de passagem tem todo o respeito e o apreço da Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte. O que de fato ocorreu na última terça (23/4) foi que a produção do programa não chegou a pedir, sequer, autorização para a realização de reportagem na Estação Central – o que é o procedimento habitual para a execução de quaisquer atividades, neste referido meio, e em qualquer empresa pública ou privada. Como a assessoria de imprensa da CBTU não sabia da demanda e, em nenhum momento, antes da gravação, a equipe de reportagem da Alterosa chegou a mencionar para os profissionais da CBTU que foram ao local com essa finalidade, nem tampouco se apresentaram, o que os seguranças fizeram foi uma tentativa de abordar e avisar que os jornalistas poderiam filmar, sim, mas que precisavam de acompanhamento da assessoria da Companhia. A empresa repudia qualquer situação de violência contra a imprensa e sempre esteve aberta para responder todas as demandas de informação pública e, assim se manterá, sempre que for comunicada de alguma solicitação ou da atuação dos profissionais em suas dependências A CBTU informa ainda que vai apurar eventuais excessos, tal como já é feito nas ocorrências de segurança pública”.