Servidores do Hospital Risoleta Tolentino Neves, localizado na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, estão em greve por tempo indeterminado desde domingo (13). Estão mantidos apenas os atendimentos de urgência e aos pacientes que já haviam dado entrada no hospital antes do anúncio da paralisação.
A greve ficou acertada em assembleia do Sintappi-MG (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias e Congêneres de Minas Gerais) na última quarta-feira (9). Na manhã de domingo, os servidores cruzaram os braços.
Eles reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial. “O Hospital tem sofrido sucateamentos, como o fechamento de setores e de leitos, prejudicando a população mais carente da região metropolitana. Sendo assim, não restou outra alternativa aos trabalhadores, senão paralisar suas atividades”, diz um trecho da nota divulgada pelo sindicato.
A Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa (Fundep) da UFMG, responsável pela administração do hospital, ainda não se manifestou sobre a greve dos servidores.
Sem recursos
Os atendimentos na área de pediatria do Hospital Risoleta Neves estão suspensos desde junho. A direção da unidade culpa a falta de repasses.
Segundo informou a administração do hospital, 54,8% do orçamento total da instituição compreende em recursos repassados pelo Governo do Estado; outros 34,8% provém de verbas do Ministério da Saúde; e 10,4% da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH).
À época, o Bhaz questionou as esferas públicas mantenedoras da instituição, gerando um verdadeiro jogo de empurra: a Secretaria de Estado de Saúde (SES) garantiu que o Hospital Risoleta Neves “não é de propriedade da gestão estadual”.
Já a Secretaria Municipal de Saúde alegou que a instituição deveria ser mantida pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) juntamente com o Ministério da Saúde.
