A Prefeitura de Belo Horizonte suspendeu o alargamento do viaduto sobre a MGC-356, no bairro Belvedere, região Centro-Sul da cidade. Os tapumes do canteiro de obras, que já haviam sido colocados no local, foram removidos. Agora, o município faz uma revisão do projeto e deverá contratar uma nova empresa para seguir com a reforma na região.
A mudança na proposta preocupou vereadores, que fizeram uma reunião nesta semana para debater o tema. Durante o encontro, Leonardo Gomes, chefe da Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital) explicou que o início dos trabalhos foi suspenso após moradores da região questionarem o projeto.
Veja também
Segundo o representante da prefeitura, a comunidade criticou a remoção de quase 200 árvores para a construção de uma terceira faixa em uma das alças viárias. A preocupação dos moradores foi exposta durante uma reunião com membros do Ministério Público e da prefeitura.
“A prefeitura prontamente atendeu a demanda da comunidade e fez uma reavaliação daquela alça, de se executar ou não o alargamento junto à BHTrans. A BHTrans se posicionou positivamente a não executar esse trecho de obra, falando que o benefício de se manter as árvores era maior do que a mobilidade”, detalhou.
Com a decisão do poder público, segundo Gomes, o projeto vai ficar 40% menor que o licitado e, assim, a empresa contratada desistiu do serviço, já que o contrato dava abertura para cancelamento do acordo quando houvesse alteração maior que 25% do previsto.
Durante encontro com a imprensa, nessa sexta-feira (4), o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) garantiu que ainda haverá melhorias no trecho.
“A gente fez um acordo com a comunidade para evitar o corte de algumas árvores. Com isso, a gente diminuiu o impacto do orçamento que foi preparado para aquela obra. A empresa que ganha a licitação tem o direito de falar: ‘se vai diminuir, eu não quero mais’. Então, se ela não quiser mais, o que tá sendo definido, a gente troca a empresa e continua a obra. A gente vai fazer a obra do Belvedere como está planejado”, afirmou se detalhar como será a execução.
Futuro do projeto
De acordo com o superintendente Leonardo Gomes, o projeto que começou a ser executado pela gestão do ex-prefeito Fuad Noman (PSD) já estava pronto quando o político assumiu. O esboço previa uma terceira faixa no viaduto e o alargamento da pista próximo à Lagoa Seca.
A obra tinha um custo previsto em R$ 16 milhões, mas nada foi pago até o momento. Segundo o representante da Sudecap, a empresa atual deve receber apenas pela revisão do projeto.
Mesmo com o impasse, a Sudecap garante o pacote de obras previsto para a região vai ser concluído dentro do prazo previsto, no fim de 2026.
“Nós acabamos de assinar o contrato para o estudo de uma alça de viaduto para tirar quem chegar pelo viaduto e entrar para Nova Lima, passar por cima da BR-356. A gente já contratou a empresa para fazer o estudo. Sempre conversando com Nova Lima”, adiantou o superintendente.