Tenente suspeito de envolvimento em atentado contra comandante-geral da PMMG cumpre prisão preventiva

À época do atentado, coronel Giovanne Gomes era responsável pelo Comando de Policiamento Especializado (PMMG/Reprodução)


A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu no início da semana um tenente, suspeito no envolvimento de um atentado ocorrido em 2017 contra um coronel da polícia, atualmente comandante-geral da corporação.

A prisão preventiva, de 30 dias, foi conduzida pela PM, com chancela da Justiça Militar, e pela Coordenadoria de Controle Externo da Atividade Policial e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na terça-feira (30).

O tenente Daniel Pereira Rezende, de 36 anos, sendo 15 dedicados à PMMG, foi detido na Academia de Polícia, onde atua em treinamentos militares, localizada no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte.

De acordo com o major Flávio Santiago, porta-voz da PMMG, investigações conduzidas pela Corregedoria da Polícia Militar apontaram que há fortes indícios do envolvimento de Rezende em uma atentado ocorrido em outubro de 2017 contra o coronel Giovanne Gomes da Silva, que era, à época, responsável pelo Comando de Policiamento Especializado da corporação (CPE). Hoje, ele é o comandante-geral da corporação.

O atentado ocorreu na porta da casa do coronel. De acordo com o major Santiago, homens que estavam em uma motocicleta passaram na porta da residência de Giovanne Gomes e fizeram vários disparos. Naquele momento, não havia ninguém na porta da casa.

Além do mandado de prisão contra Daniel Rezende, a corporação cumpriu dois mandados de busca e apreensão: um no armário do suspeito na Academia da PM e outro na casa dele.

No alojamento, os militares encontraram algumas granadas da polícia, armazenadas em local inadequado. Contudo, segundo Santiago, num primeiro momento, trata-se de uma questão administrativa em vez de criminal. “Não se sabe se as granadas, de uso da polícia, estavam sendo usadas em algum treinamento, e, por alguma razão, foram acondicionadas lá pelo suspeito”, disse o major.

Já na casa do tenente, foram apreendidos cartuchos dos calibres 556 e 357, ambos usadas em fuzis. Foi encontrada ainda munição de calibre 38, também apreendida. O tenente não tinha autorização para portar calibres mais grossos.

Preso em flagrante, Daniel Pereira Rezende não resistiu à ação dos militares.

Ainda segundo o major Santiago, a prisão preventiva, que pode ser prorrogada caso seja necessário, foi feita para resguardar provas que estão sendo levantadas para compor o inquérito.

“São apenas indícios de que o tenente pode estar envolvido no caso e, neste momento, nada pode ser atestado contra ele. Como o caso corre em segredo de Justiça, não dá para falar nada além disso, até para não atrapalhar provas constituídas”, frisou Santiago.

Para o major Flávio Santiago, casos como esse devem ser tornados públicos para que a população compreenda que “o policial militar, por conta de sua carreira, costumeiramente, além do risco de morte, sofre ameaças”.

“É bom que a sociedade conheça os bastidores da vida de um policial militar, que mesmo correndo riscos no seu trabalho, também pode ter ameaçadas sua integridade e sua vida, assim como sua família”, acrescentou.

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