A Transvest, organização não governamental (ONG), que acolhe alunos e alunas travestis e transexuais continuará exercendo suas atividades em Belo Horizonte. Além da continuidade dos serviços, como supletivos e oficinas profissionalizantes, o projeto contará ainda com uma casa para acolher pessoas transexuais em situação de rua.
Criada em 2015, a ONG corria o risco de ter suas atividades encerradas por conta de problemas financeiros. Pelas redes sociais, a Transvest anunciou nessa terça-feira (30) a criação de um coletivo financeiro para arrecadar fundos para que assim o projeto não seja encerrado.
Em conversa com o BHAZ, a fundadora do Transvest, Duda Salabert, disse que após a divulgação da possibilidade de fechamento, os organizadores receberam muitas doações. “Acabou que após a notícia do risco de fecharmos as portas recebemos muitas doações e elas garantirão a continuidade do projeto. A Transvest não vai fechar”, contou.
Entre as novidades para a continuidade da ONG está o projeto que visa abrir uma casa de acolhimento de pessoas transexuais em situação de rua. “Agora vamos planejar a abertura desta casa que será a primeira de Minas Gerais com o objetivo de acolher as trans. Estamos ainda na fase do projeto”, disse.
Atualmente, os cursos da Transvest são oferecidos no Edifício Maletta, mas o projeto logo estará de casa nova, conforme conta Duda. “Em agosto nós iremos para o Centro de Referência da Juventude (CRJ), na praça da Estação, e isso diminuirá os nossos gastos mensais que giram em torno de R$ 8 mil”.
A solidariedade das pessoas é agradecida pela professora. “A gente fica feliz com as doações, pois a Transvest não é um projeto meu, mas de Belo Horizonte. A cidade o acolheu como um projeto social relevante”, concluiu.