Diferente do que Márcio Lacerda fez durante seu mandato em Belo Horizonte, que era construir Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis), a gestão de Alexandre Kalil tem outro direcionamento. A ideia é criar até 4 mil novas vagas na educação infantil, usando a estrutura que já existe Rede Municipal.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), não será construído nenhum outro espaço. O principal objetivo é fazer um levantamento do fluxo de alunos em algumas escolas e aproveitar salas e prédios ociosos para o ano letivo de 2018.
Após discussões, já existe uma primeira proposta para que algumas instituições sejam adaptadas e possam receber turmas de Educação Infantil. O projeto visa especialmente regionais da cidade que concentram o maior déficit de vagas, como é o caso de Venda Nova. Na região, apenas 31,9% de crianças de 0 a 3 anos são atendidas atualmente. Lá, sete escolas podem receber novas turmas.
Outra proposta que tem sido estudada é converter três escolas em pontos de demanda e vulnerabilidade extremas em Escola de Educação Infantil. Além das necessidades locais, a Secretaria está estudando a ideia de transferir alunos para uma mesma unidade. Este caso acontece nas escolas municipais Deputado Milton Sales e Oswaldo Cruz, que são vizinhas, no bairro Jardim América.
O objetivo é que uma instituição absorva a demanda da outra e, assim, um dos prédios ficaria disponível para a criação de uma escola de Educação Infantil. Os moradores da região já foram informados e a possível mudança está em articulação com a Secretaria e com a Diretoria Regional de Ensino. O projeto ainda não foi finalizado e é discutido com profissionais da rede e de comunidades escolares.
Mudanças no espaço
O projeto da Secretaria prevê abrir nos locais ociosos turmas da pré-escola, de alunos de 4 e 5 anos. Atualmente, todas as crianças dessa idade que buscam vagas na Rede Municipal são atendidas, mas estudos mostram que ainda há crianças dessa faixa etária fora da escola. Além disso, o intuito da Secretaria é fazer com que exista uma busca ativa por esse público e recebê-lo nas escolas municipais.
Mesmo sem a construção de novas estruturas, os prédios que começarem a receber alunos da Educação Infantil terão as dependências físicas adaptadas para as crianças. Entre as intervenções necessárias estão a reforma de banheiros, refeitórios e da área de lazer, que terá brinquedos adequados de acordo com a faixa etária dos meninos e meninas.
