Vandalismo: Bikes compartilhadas já foram depredadas anteriormente em BH

Reprodução

Não é a primeira vez que Belo Horizonte dá mau exemplo no uso de equipamentos de transporte compartilhados, como ocorreu no domingo (20) com o lançamento de bicicletas do aplicativo Yellow, recém-chegado à cidade, no leito do Ribeirão Arrudas. Em 29 de outubro do ano passado, o sistema Bike BH – que opera as magrelas alaranjadas do Itaú na cidade – amanheceu com 55 bicicletas depredadas na região da Pampulha, com a retirada de pneus dianteiros e traseiros.

Nesta segunda (21), a Yellow trabalha na recuperação dos equipamentos depredados no fim de semana. Além das bicicletas lançadas no ribeirão, a Polícia Militar registrou outras ocorrências, envolvendo pessoas que tentavam furtar as peças. O aplicativo de compartilhamento de bicicletas e patinetes foi inaugurado na capital mineira na última terça-feira (15), com a inclusão de 500 bicicletas e 250 patinetes para incentivar a mobilidade sobre rodas na cidade. Ela veio somar esforços com a Serttel, empresa que disponibiliza 400 bikes alaranjadas do Itaú, em 40 estações espalhadas pela capital mineira, desde junho de 2014.

Cabe ressaltar que a Pampulha é a região com maior índice de retirada e devolução das bicicletas do Bike BH, segundo a Serttel.

Segurança

Para evitar casos de furto ou vandalismo, as bikes da Yellow foram desenvolvidas com peças exclusivas, que não se adaptam a outros modelos, segundo a empresa. Os patinetes funcionam das 8h às 20h e são recolhidos das ruas todas as noites. Questionada sobre sua estreia na capital sem uma publicidade ou campanha de educação sobre o uso dos equipamentos, a Yellow informou que, desde sua criação, prioritariamente faz alertas e se comunica com os usuários por meio do aplicativo mesmo.

“Avaliamos os comportamentos de cada cidade. Se houver necessidade de divulgar ações além das que já são feitas diretamente com nosso usuário pelo app ou pelas redes sociais, como a adoção de uma comunicação visual, podemos adotá-la”, explica a empresa, via assessoria.

Rastreador via GPS

Para evitar o uso indevido, furto ou depredação dos equipamentos, a Yellow informa que cada bicicleta ou patinete conta com rastreador via GPS. Cada bicicleta Yellow tem uma trava/cadeado no pneu traseiro da bicicleta.

Passo a passo

  • Depois que o usuário baixa o aplicativo, ativa sua localização para enxergar onde há bikes disponíveis e vai até o veículo para começar a usá-lo, ele precisa desativar o cadeado da roda;
  • Para isso, depois de ativar o app com os créditos necessários para iniciar a viagem, o usuário fará o escaneamento de um código (QRCode) disponível na bicicleta, usando seu celular;
  • A partir daí, o cadeado abre automaticamente;
  • Mesmo que o tempo de uso ultrapasse o crédito inserido pelo usuário, a bicicleta vai continuar funcionando até que o cadeado seja fechado manualmente;
  • Se eu tinha R$ 2 de crédito e gastei R$ 6, por exemplo, o saldo de R$ 4 vai ficar pendente na conta da pessoa;
  • Assim que o cadeado é acionado, a corrida é fechada e o usuário recebe uma notificação do seu encerramento.

Nas situações em que o cadeado foi fechado e a bicicleta está se movimentando, provavelmente indevidamente ou por mau uso, equipes do sistema de tecnologia e segurança da Yellow sabem onde o equipamento está, afinal, ele é rastreado por GPS. Segundo a empresa, os veículos têm um alarme sonoro que toca alguns segundos após os mesmos serem usados indevidamente, para chamar a atenção de pessoas que possam estar próximas.

“Contamos ainda com um time de guardiões – nossa equipe de rua – que, além da parte de recolhimento e manutenção dos patinetes, é responsável pelo monitoramento e organização das operações também das bikes, em contato constante com as autoridades locais para evitar qualquer tipo de ocorrência indevida”, diz a Yellow, que ressalta também que o usuário pode participar desta prevenção, fazendo denúncias tanto no próprio app como direto com a polícia, o que tem sido muito eficiente.

As bikes custam R$ 1 a cada 10 minutos; e os patinetes, R$ 3 para desbloqueá-lo mais R$ 0,50 a cada minuto de uso desse veículo. As corridas podem ser pagas com cartão de crédito e dinheiro.

Laranjinhas

Presente na capital desde junho de 2014, o projeto Bike BH, operado pela Serttel com as bicicletas alaranjadas do Itaú, mantém 400 veículos em operação na cidade, distribuídas em 40 estações.

De acordo com o gerente operacional da Serttel, Eduardo Ferraz, os itens mais vandalizados na capital mineira são retrovisores e o selim (banco). Segundo Ferraz, os índices de furtos e vandalismos no projeto Bike BH sempre foram dentro da normalidade. “Porém, em outubro de 2018, foram registrados atos de vandalismos atípicos, quando mais de 50 bicicletas foram vandalizadas em apenas três dias na região da Pampulha”, recorda-se.

O número de viagens realizadas no Bike BH até dezembro foi de 420.498, o que representa um acréscimo de 87.714 mil viagens em comparação a 2017, quando foram realizadas um total de 332.784.

Nos últimos três meses de 2018 (outubro, novembro e dezembro), o serviço acumulou 3.409 viagens a mais do que o mesmo período de 2017. Das viagens realizadas em dezembro, observa-se que o final de semana (mais ainda o domingo) apresenta a maior retirada das magrelas, o que confirma a vocação do Bike BH para o lazer da população local.

Com relação ao horário mais utilizado, destaca-se a faixa das 16h às 18h e o perfil do público, predominantemente masculino (65%), contra 35% de mulheres, e quanto à idade, predomina a faixa de 18 a 25 anos (38%). Logo na sequência, aparece o público entre 26 a 35 anos (37%).

Como funciona?

Para usar o sistema Bike BH, o usuário deve fazer um cadastro e comprar um passe diário, mensal ou anual. Com um passe válido, ele pode fazer quantas viagens quiser durante todo o dia, sem cobrança adicional, dependendo do tempo de uso. As viagens de até 60 minutos, de segunda a sábado, e de até 90 minutos aos domingos e feriados não terão cobrança adicional, desde que sejam realizadas com intervalo de pelo menos 15 minutos entre elas.

Já viagens com duração de mais de 60 minutos, de segunda a sábado, ou mais de 90 minutos aos domingos e feriados terão cobrança adicional no valor de R$ 3 para os primeiros 30 minutos excedentes e, após esses, R$ 5 para cada 30 minutos excedentes.

Diariamente, as equipes de manutenção da Serttel recolhem as bikes com defeito e realizam a reposição de imediato. Em média, 30 bikes são substituídas por dia para manutenção preventiva ou corretiva.

$ Valores $

Para usar as bikes alaranjadas do Bike BH os preços, que são pagos via cartão de crédito, são:

* Passe diário R$ 3
* Passe mensal R$ 9
* Passe anual R$ 60

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