Os vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovaram nessa quarta-feira (5), em definitivo, a prorrogação do Auxílio BH pro mais quatro meses. A extensão do benefício visa beneficiar famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, que agora receberão mais quatro parcelas de R$ 100 e R$ 200, respectivamente.
De autoria da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), a proposta garante o pagamento para mais de 75 mil famílias que se cadastraram para receber o benefício até o dia 31 de março deste ano. O líder do prefeito na Câmara, Bruno Miranda (PDT), comemorou a aprovação.
“Esse projeto é fundamental para a camada mais pobre da cidade e foi tratado com urgência”, disse ele. O texto, após a redação final, seguirá para sanção ou veto do prefeito Fuad Noman (PSD).
Vereadores defendem criação de auxílio permanente
Pouco antes de o PL 390/2022 ser votado, o vereador Gabriel (sem partido), autor de um substitutivo que propunha dobrar os valores das parcelas pagas na extensão do Auxílio BH, anunciou a retirada da emenda. O vereador se reuniu com o prefeito de BH na segunda-feira (3), que pediu que o projeto fosse aprovado com o texto original.
“Presidente [Nely Aquino (Pode)], a senhora é testemunha que nós tínhamos a intenção de destinar mais R$ 40 milhões para ampliar o auxílio, mas nos foi pedido que esse valor fosse destinado para algo ainda mais urgente”, disse o parlamentar.
Ainda durante o debate sobre a extensão do Auxílio BH, vários parlamentares falaram sobre a necessidade de se pensar a criação de um benefício permanente para famílias em situação de vulnerabilidade em Belo Horizonte. Segundo Pedro Patrus (PT), muitos parlamentares já tem debatido o tema em seus mandatos.
“Temos que pensar em um programa de direito à renda permanente, o que é fundamental. Nós vereadores temos pensado nisso e já existem projetos prontos e alguns que já funcionam em outras cidades”, disse o vereador que recebeu o apoio de sua companheira de bancada, Macaé Evaristo (PT).