Uma operação da Polícia Militar na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, deixou pelo menos 22 pessoas mortas nesta terça-feira (24). De acordo com o g1, uma das vítimas é uma moradora da região, 12 são suspeitos e outros nove ainda não foram identificados. É segunda operação mais letal da cidade, ficando apenas atrás da que aconteceu no Jacarezinho, em maio de 2021, com 28 óbitos.
A ação começou na madrugada e foi encerrada por volta das 16h40. Além dos mortos, entre os feridos estão dois suspeitos, uma mulher que estava lúcida e foi levada ao hospital, um homem com um ferimento na barriga que foi levado inconsciente ao hospital, e um policial civil que foi ferido enquanto fazia perícia no local.
A operação contou com agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da PF (Polícia Federal). De acordo com a PM, eles conseguiram interceptar a ação de mais de 50 criminosos que sairiam da Vila Cruzeiro para se juntar a traficantes da Rocinha.
Os policiais também lamentaram a morte de Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, a moradora que foi morta na operação. Mas, ainda de acordo com a Polícia Militar, o disparo que matou a mulher partiu dos criminosos.
A corporação ainda afirma que lideranças da facção em outras favelas do Rio, como Jacarezinho, Mangueira, Providência e Salgueiro, também estão abrigados na Vila Cruzeiro.
“Sabemos que criminosos de Alagoas, Amazonas, Ceará, Pará, Bahia e Rio Grande do Norte estão, possivelmente, entre o bando que pretendia agir hoje”, completou o Uirá do Nascimento, tenente-coronel do Bope, em coletiva de imprensa nesta tarde, segundo o jornal O Dia.
Os agentes apreenderam 13 fuzis, 12 granadas, quatro pistolas e grande quantidade de drogas, ainda não contabilizada. Além das armas, 20 motocicletas e 10 carros usados por criminosos em fuga também foram apreendidos.