Um avião KC-390 Millennium, da FAB (Força Aérea Brasileira), decolou nesta segunda-feira (7) com destino a Varsóvia para cumprir a missão de resgate de brasileiros que deixaram a Ucrânia. O resgate saiu às 15h, da Base Aérea de Brasília.
A previsão é de que o avião pouse na Polônia na quarta-feira (9).
Além da missão de trazer os brasileiros resgatados e suas famílias, o avião levou mantimentos para as áreas atingidas.
A aeronave levou 11,6 toneladas de medicamentos para atendimento emergencial, alimentos e itens de necessidade básica com tecnologia para funcionamento autônomo. Essa tecnologia é utilizada em locais sem recursos e em situações extremas, como guerras e conflitos.
As doações incluem dez toneladas de alimentos, entre produtos desidratados e instantâneos, como risotos e sopas, além de purificadores de água. Os produtos foram doados pelo governo brasileiro, empresas privadas e voluntários.
O resgate brasileiro faz parte da ação interministerial denominada Operação Repatriação. Ela ocorre de forma integrada entre os ministérios da Defesa, das Relações Exteriores e da Saúde. O avião possui capacidade para trazer até 72 pessoas a bordo. Os brasileiros repatriados devem chegar ao Brasil na quinta-feira (10).
Resgate
Segundo o g1, o governo disse que a lista completa dos cidadãos que serão resgatados ainda não está fechada pelos diplomatas brasileiros que estão em Varsóvia. Em entrevista, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que está em Portugal e vai para a Polônia acompanhar o trabalho de retirada dos brasileiros da região do conflito.
“Nós temos ainda identificados 34 brasileiros em território ucraniano. Desses, 14 já manifestaram que não desejam sair do território. Nós continuamos oferecendo apoio e estamos em contato permanente com eles, porém 14 manifestaram que não desejam sair do território ucraniano”, disse o coordenador da força-tarefa de resgate e repatriação de brasileiros na Ucrânia, Unaldo Eugênio de Sousa.
A situação na Ucrânia continua grave e o total de refugiados que fugiram da invasão russa já chega a 1,5 milhão, segundo o diretor da Acnur (Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados) Filippo Grandi.
“Esta é a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, disse. A Polônia, Romênia e Hungria têm sido o destino da maioria dos refugiados
Com Agência Brasil
