O cirurgião Antônio Luiz Macedo afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “está curado e pronto para o trabalho”. Após confirmar a alta médica do chefe do Executivo, na manhã de hoje (5), Antônio ressaltou que o mandatário precisará seguir uma dieta especial. Segundo o especialista, o presidente precisou ser internado após não mastigar corretamente camarões de uma das receitas que comeu durante as férias (veja abaixo).
Em conversa com jornalistas, o médico também reforçou a ligação entre os problemas de saúde com a facada que Bolsonaro levou em setembro de 2018. Segundo ele, o atentado levou a uma peritonite, que é uma inflamação de órgãos abdominais, e por isso “gerou uma grande quantidade de reação imunológica”.
Antônio também acrescentou que graças à boa saúde de Bolsonaro, a recuperação é rápida. “Tanto que no dia que eu cheguei o intestino ainda estava começando a funcionar e no dia seguinte já estava bem, o intestino funcionando. E agora o presidente está normal, vai fazer uma dieta especial durante uma semana, vai apenas fazer caminhadas, não vai fazer exercícios muito intensos, mas ele está curado, pronto para o trabalho”, afirmou.
‘Eu não almoço, eu engulo’
Durante a entrevista, o presidente assumiu não ter feito a correta ingestão de camarões presentes em uma das receitas que almoçou durante as férias. Segundo o médico que acompanhou de perto a internação de Bolsonaro, essa foi a causa da obstrução intestinal.
“Eu não almoço, eu engulo. A peixada tinha uns camarõezinhos também, comi e mastiguei o peixe e comi o camarão”, disse Bolsonaro, enquanto Antônio Luiz Macedo alertou para a importância da mastigação.
“O camarão não foi mastigado, é o que ele tá explicando. A gente pede pra que todos fazerem o que a gente faz: mastigar 15 vezes cada garfada”, explica.
Internação
O presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou ser internado no Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, Zona Sul de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (3). Após sofrer dores, o mandatário foi diagnosticado com uma nova obstrução intestinal. O político desembarcou em São Paulo após deixar Santa Catarina, onde passou a virada de ano.
Bolsonaro passou por exames para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica. No entanto, apresentou melhora ao longo dos dois dias e, sem cirurgia, recebeu alta nesta quarta-feira (5). Segundo o cirurgião que acompanha o presidente, em alguns casos de obstrução intestinal, o uso da sonda gástrica é suficiente para a melhora.