Brasileiro desaparecido em Paris se reconhece em cartaz e é encontrado após 15 dias

estudante desaparecido
Robson Amorim de Freitas estudava e trabalhava na Irlanda e já havia feito tratamento para doenças psiquiátricas (Cyntia de Freitas/Arquivo pessoal)

Depois de passar duas semanas desaparecido em Paris, o estudante brasileiro Robson Amorim de Freitas, de 33 anos, foi encontrado na noite de ontem (7). Ao BHAZ, a irmã dele conta que o rapaz estava andando na rua da cidade quando se deparou com um cartaz com seu próprio rosto e entrou em contato com a família.

“Ele tá bem, graças a Deus! Ele tá na casa de um primo nosso lá em Paris, a gente vai embarcar amanhã para buscar ele. Ele viu um cartaz dele na rua, se reconheceu viu uma pessoa próxima – que, por acaso, era brasileira – e pediu para ela ligar pro nosso número”, conta Cyntia de Freitas.

Pedro Freitas, outro irmão de Robson, deu a boa notícia em seu perfil no Instagram e agradeceu a todos que se mobilizaram para encontrar o rapaz. Ele compartilhou algumas fotos do Robson em contato com a família para tranquilizar a todos.

“Meu coração se alegra. Não sei explicar com palavras a alegria de ter te encontrado. Deus sempre esteve cuidando de você meu irmão! Quero agradecer ao Thiago por ser um anjo enviado por Deus para estar ali naquele momento. Agradeço também ao grupo de voluntários, e todos as pessoas que nos ajudaram na divulgação”, escreveu.

Estudante desapareceu após crise

Robson Amorim de Freitas é natural do Espírito Santo e estava morando na Irlanda para trabalhar e estudar inglês. No último mês, a irmã do rapaz contou ao BHAZ que ele é diagnosticado com várias doenças psiquiátricas e que, no último dia 21, teve uma crise e saiu do país (relembre aqui).

“Ele foi para Paris alegando que a máfia estava atrás dele, que clonaram todos os seus cartões. Sabemos que isso faz parte do delírio da doença, porém consegui convencê-lo a voltar pra casa no Brasil para se tratar”, relata Cyntia de Freitas.

Ela chegou a comprar para o irmão a passagem em um voo que sairia de Paris no dia seguinte (22), faria escala na Suíça e chegaria em São Paulo no domingo, dia 23 de janeiro. No entanto, desde que Robson chegou ao aeroporto Charles de Gunlle, na França, a família não teve mais contato com ele.

“Quando ele estava na sala do teste de Covid no aeroporto de Paris, ele saiu correndo dizendo que estavam perseguindo ele e que não podia viajar. Disse que estava tendo uma crise de ansiedade, que não poderia embarcar e desde então o celular dele não recebe mais ligações e nem mensagens”, conta ela.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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