O Secretário da Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, foi afastado do seu cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por participar de uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.A ordem de afastamento cautelar foi cumprida nesta quinta-feira (3), durante a terceira fase da Operação Overclean, da Polícia Federal. Além de Belo Horizonte, a ação também cumpriu mandados de busca e apreensão em Salvador (BA), São Paulo (SP) e Aracaju (SE).
De acordo com a PF, estima-se que a organização tenha movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio desses contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Barral assumiu a educação belo-horizontina em abril de 2024. Antes, ele comandou a mesma pasta em Salvador, na gestão do ex-prefeito ACM Neto (União). Em nota, a secretaria de Educação informou ao BHAZ que o processo corre em segredo de Justiça e que foi notificada da decisão do STF e irá cumpri-la.
“Em entrevista nesta quinta-feira, o prefeito Álvaro Damião esclareceu que o processo está relacionado a atos da Prefeitura de Salvador, na Bahia, sem qualquer relação com Belo Horizonte”, finaliza a nota.
Durante a posse, que ocorre nesta quinta-feira (03), na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, o prefeito Álvaro Damião comentou o afastamento.
“A gente recebeu a notícia, mas a prefeitura ainda não foi notificada. Parece que foi um processo envolvendo projetos em Salvador, na Bahia, e não tem em relação com a Secretaria de Educação de Belo Horizonte. Mas, obviamente, todo secretário precisa responder pelos atos deles. Não vou passar a mão na cabeça de qualquer que seja o secretário. Independente de qual secretário seja”.