Após sumir no aeroporto em conexão de voo, cadela Pandora é encontrada depois de 45 dias

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Pandora foi entregue ao dono, Reinaldo Júnior (Reprodução/@cade.pandora/Instagram)

Após passar 45 dias perdida, uma cadela chamada Pandora finalmente foi encontrada ontem (30), no aeroporto de Guarulhos (SP), e devolvida ao tutor, Reinaldo Júnior. A cachorra havia desaparecido durante uma conexão de um voo da Gol na cidade paulista, no dia 15 de dezembro. Desde então, Reinaldo vinha fazendo uma forte campanha nas redes sociais para encontrar o animal de estimação.

Reinaldo Júnior, que é garçom, compartilhou em suas redes sociais o reencontro com Pandora. Ele e a mãe, dona Terezinha, ficaram bastante emocionados ao reverem a cadela. A mais velha chegou a cair no chão, gritando de emoção. Reinaldo não conteve as lágrimas ao olhar para a cachorra que chama de “filha”.

“Achamos a Pandora!!!!!!!! Depois de mais 45 dias, finalmente ela foi encontrada dentro da área do aeroporto. Perseverança foi a força que nos moveu durante todo esse tempo, nunca perdemos a fé a a esperança de que encontraríamos a Pandora e, por isso, não desistimos!”, escreveu o garçom.

Funcionários do aeroporto encontram Pandora

Segundo o g1, funcionários do Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos encontraram Pandora na tarde desse domingo (30). Depois, eles entraram em contato com dona Terezinha e a levaram de carro para a casa onde Reinaldo está hospedado desde que perdeu a cachorra.

Em um outro registro, postado em uma conta dedicada somente a divulgar o desaparecimento da cadela, o garçom apareceu ao lado de Pandora em um momento carinhoso. “Achei minha filha, pô, não tem muito o que falar não, acharam ela. Não tenho palavras agora não”.

“Gratidão por todos, estou com meu papai. Obrigado pelas orações, e como sempre papai dizia… o amor venceu. Estou bem, um pouco magrinha, eu fiquei esperando meu pai ali onde me perdi, esperando ele voltar no terminal 3. Foram 45 dias que hoje acabaram”, escreveu o perfil.

Pandora vai para veterinário

Reinaldo Júnior contou, ontem, que havia levado a cachorra para receber atendimento médico veterinário, pois ela acabou ficando magrinha e parecia debilitada. “A Pandora já está em atendimento na clínica Dr. Hato e permanecerá em observação nesta noite e será reavaliada amanhã!!”.

Informações sobre o estado de saúde da Pandora que ficou 45 dias no sol, chuva, sem água e alimento dentro do Aeroporto serão fornecidas pelo jurídico, oportunamente”, informou.

Conflito com a Gol

O garçom estava em conflito judicial com a companhia aérea Gol por conta do desaparecimento de Pandora. De acordo com o relato de Reinaldo nas redes sociais, ele conseguiu uma liminar judicial para que a companhia custeasse sua alimentação e hospedagem enquanto procurasse pela cachorra, e empreendesse esforços para encontrá-la também.

No entanto, em entrevista ao Fantástico, o garçom contou que a Gol não estava cooperando. “A todo momento eles dizem que não existe câmera, que não existe filmagem, que elas não pegam, não me ajudaram em nada, nem se mobilizaram”, disse Reinaldo Junior.

Mesmo assim, o tutor de Pandora conseguiu as imagens de segurança com a Polícia Civil, e conseguiu identificar a cadela correndo pela pista do Terminal de Cargas do aeroporto. Ela viajava dentro de uma caixa de transporte em um voo da Gol saindo de Recife para Santa Catarina, com conexão em São Paulo.

’45 dias de sofrimento’

Agora, Reinaldo é só alegria por estar finalmente ao lado de sua “filha”. Ele até postou uma foto do primeiro passeio com a cadela, e escreveu: “Primeiramente Agradecer a Deus, depois que Ele responde a uma oração, é gratidão. É reconhecer a mão de Deus em todos os detalhes de nossa vida”.

“Nosso primeiro passeio de fazer xixi depois de medicada, Eu & Ela, nossa sintonia está mais forte, foram 45 dias de sofrimento, angústia e incertezas, mas agradeço a cada mensagem, orações, muito obrigado a todos que não desistiram. Isso me deu força para não desistir”. Veja:

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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