Cemitério fecha por causa de jogo do Brasil na Copa, e enterro de idosa é adiado

Imagem de idosa
O cemitério remarcou o enterro da idosa por causa de jogo do Brasil (Reprodução/Redes sociais)

Uma mulher afirma que o enterro da avó dela foi remarcado por um cemitério devido a um jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo. O caso aconteceu em Praia Grande, litoral de São Paulo, na última segunda-feira (5).

Em entrevista ao g1, a jornalista Aline Porfírio Ribeiro (33) disse que a família se sentiu “desrespeitada” com a decisão. Além disso, a mudança vai impedir a presença de familiares na despedida de Amélia Argentino Ribeiro, que faleceu aos 94 anos.

Aline relata que a avó morreu em decorrência de um infarto agudo do miocárdio, por volta das 19h de domingo (4). O sepultamento foi marcado para a segunda (5), às 16h, no mesmo horário do embate entre Brasil e Coreia do Sul, pelas oitavas de final da Copa. No entanto, a cerimônia foi adiada para esta terça (6), às 9h.

‘Ficamos decepcionados’

A jornalista conta que a família tem plano funerário da Osan e, assim que a morte foi confirmada, os filhos da idosa foram marcar o velório e enterro. “Avisamos outros familiares, que se programaram [para a despedida]. Porém, na segunda-feira de manhã, a funerária ligou para informar sobre algumas mudanças”.

Segundo ela, o cemitério informou à família, por meio da funerária, que o velório, marcado para ocorrer dentro do campo-santo, passaria a ser em uma sala da Osan, ainda na segunda. Depois, os familiares receberam a informação de que o enterro seria na terça pela manhã.

“A alegação que o cemitério deu é que ele fecharia por conta do jogo do Brasil na Copa do Mundo. Ficamos decepcionados, e nos sentimos muito desprezados e desrespeitados”, explicou a neta.

Aline ainda disse que muitos familiares moram em outras cidades do estado. “Alguns sobrinhos dela vieram do interior [de São Paulo], de Lençóis Paulista. Eles viajaram por 5h e, quando chegaram aqui, descobriram que não teria enterro nesta segunda-feira”.

Assim, a mudança prejudicou a despedida. “Ficamos muito chateados, pois a maioria das pessoas da família, assim como eu, não poderão voltar amanhã. Estamos tristes, pois ela terá um sepultamento praticamente com duas pessoas, os filhos dela”.

Edição: Pedro Rocha Franco
Isabella Guasti[email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

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