Covid-19: Saúde anuncia prioridade na vacina para bancários e trabalhadores dos Correios

Ministro da Saúde
Anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Reprodução/@minsaude/Twitter)

Os bancários e os trabalhadores dos Correios serão incluídos nos grupos prioritários de vacinação contra Covid-19, conforme anúncio do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça-feira (6). De acordo com o responsável pela pasta, os trabalhadores das duas categorias têm papel essencial para que a economia continue fluindo no país.

Segundo informações do Ministério da Saúde, mais de 500 mil bancários serão vacinados contra a Covid-19. O anúncio foi feito na tarde de hoje, no Palácio do Planalto, e comunicado pela pasta por meio das redes sociais. Ainda não há detalhes sobre a ordem de prioridade em que essas categorias foram inseridas.

No Palácio do Planalto, além de Marcelo Queiroga, estavam presentes os presidentes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e dos Correios. “Recebemos há cerca de três semanas uma demanda dos servidores, bancários e também dos Correios e Telégrafos para que eles fossem incluídos na categoria prioritária do Programa Nacional de Imunização (PNI)”, afirmou o ministro.

“O Ministério da Saúde deve soltar, nos próximos dias, uma Nota Técnica para esclarecer todas as questões relacionadas a inclusão dos bancários e dos trabalhadores dos Correios no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19”, diz publicação da pasta no Twitter.

Privatização dos Correios

Ainda a respeito dos trabalhadores dos Correios, o governo federal definiu o modelo de privatização da estatal e quer se desfazer de 100% do capital da empresa. A informação foi confirmada pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, em entrevista ao jornal O Globo.

Segundo ele, a pretensão é vender o controle da empresa de forma integral, num leilão tradicional, “com abertura de envelopes”. O comprador levará ativos e passivos da companhia.

Após conseguir aprovar a privatização da Eletrobras, o governo quer votar logo na Câmara o projeto de lei de privatização dos Correios. A ideia é fazer isso entre 12 e 15 de julho, antes do recesso parlamentar. Segundo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o relatório do deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) está pronto e há acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a votação na última semana antes do recesso.

A proposta cria a Anacom (Agência Nacional de Comunicações), que deverá substituir a atual Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A nova agência irá regular os serviços do Sistema Nacional de Serviços Postais. “A empresa vai pegar o Brasil inteiro. A gente chegou a avaliar fatiar por região, mas entendemos que para garantir a universalização é preciso ter o subsídio cruzado dentro da própria empresa”, disse Mac Cord ao jornal.

Ainda não há valor previsto para a privatização e, segundo o secretário, a intenção é publicar o edital ainda neste ano, provavelmente no mês de dezembro. “Por isso é tão importante votar na Câmara antes do recesso. Se não, o cronograma começa a ficar comprometido. O projeto precisa estar resolvido até agosto. Publicamos o edital em dezembro para que a licitação ocorra em março”, argumentou.

Na avaliação do secretário, “os Correios precisam ser privatizados, sob pena de desastre no Orçamento”. Ele cita dados de um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que afirma, entre outras, que a empresa não tem tecnologia, tem baixa produtividade e que o faturamento no ano passado caiu 6% em relação a 2019.

Com Folhapress

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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