A Polícia Federal (PF) prendeu, no final da madrugada deste domingo (24), três suspeitos de mandar matar Marielle Franco, o motorista Anderson Gomes, e da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Além disso, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços na capital carioca, inclusive no TCE-RJ e na casa de Giniton Lages, delegado da Polícia Civil que escreveu um livro sobre a morte de Marielle.
Giniton esteve à frente do caso na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Depois que foi trocado, escreveu o livro “Quem matou Marielle? Os bastidores do caso que abalou o Brasil e o mundo, revelados pelo delegado que comandou a investigação”.
Ao todo, 296 páginas contam alguns bastidores da investigação. Em um dos sites onde o livro é vendido, há a descrição de que as pessoas vão saber “em detalhes como foi esse trabalho de apuração do crime, acompanhando os bastidores do caso na visão de Giniton Lages, o primeiro delegado designado para a tarefa e que enfrentou diversas dificuldades para a elucidação do homicídio”.
Além disso, o autor destaca que “o livro feito para ajudar a sociedade a se preparar melhor para lidar com situações semelhantes no futuro e, se possível, evitá-las”.
Polícia prende suspeitos de mandar matar Marielle
Entre os suspeitos de mandar matar Marielle Franco, estão o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil/RJ), que teriam sido autores intelectuais dos assassinatos. Já o delegado Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do crime e teria prometido obstruir a investigação.
As prisões ocorrem após o acordo de delação premiada de Ronnie Lessa, preso por executar os assassinatos. Os irmãos Brazão têm como reduto político o bairro de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, berço da milícia na capital fluminense.
Marielle atuava contra milícias e o crime organizado no Rio de Janeiro e o assassinato dela, em março de 2018m pode estar ligado à expansão territorial das milícias na região Oeste.