Estudantes de medicina que fizeram gesto obsceno em 2017 cumpriram ‘serviços sociais’

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Em 2017, alunos de medicina da UVV publicaram uma foto em que aparecem com as calças abaixadas e fazendo um gesto obsceno com as mãos (Reprodução/Instagram)

A repercussão do caso dos estudantes de medicina da Unisa que fizeram uma “masturbação coletiva” durante jogo de vôlei feminino no último sábado (16) trouxe à tona novamente um caso de misoginia no ambiente acadêmico que gerou revolta em 2017.

Em abril daquele ano, alunos de medicina da Universidade de Vila Velha (UVV) publicaram uma foto nas redes sociais em que aparecem com as calças abaixadas e usando jaleco, fazendo um gesto obsceno com as mãos. A legenda da foto chamava o grupo de “pinto nervoso”.

O caso chegou a ser denunciado pelo Sindicato os Médicos do Espírito Santo ao Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) na época. No entanto, como se tratavam de estudante, coube apenas à universidade puni-los.

Na época, a UVV exigiu que os doze alunos envolvidos na postagem realizassem prestação de serviços sociais”. Na época, a reitoria afirmou que os formandos “admitiram que tiveram um comportamento inadequado” e que “formularam um pedido de desculpas voltado à comunidade acadêmica”.

Alunos são expulsos

A Universidade de Santo Amaro (Unisa) expulsou, nessa segunda-feira (18), os estudantes de medicina flagrados fazendo “masturbação coletiva” durante o Intermed. O ato aconteceu enquanto estudantes mulheres jogavam vôlei em uma quadra, no último sábado (16), em São Carlos (SP).

Vídeos que repercutiram nas redes sociais mostram um grupo de alunos, todos homens, correndo pela quadra com as calças abaixadas. Em outra imagem, eles aparecem na plateia, alguns também de calças abaixadas, fazendo gestos obscenos enquanto as mulheres estão jogando.

Além disso, a Polícia Civil de São Paulo abriu investigação para identificar a prática dos atos obscenos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos após as imagens terem circulado nas redes sociais.

Em nota enviada ao BHAZ, o Conselho Federal de Medicina disse repudiar atos desse tipo, “que configuram situações de violência e assédio. Essas situações devem ser investigadas e os responsáveis penalizados”.  

O órgão esclarece, no entanto, que os envolvidos ainda são estudantes, e que, sendo assim, “eles não são alcançados pelos conselhos de medicina”. 

Arreda pra Cá tem novo episódio

Nesta semana, o podcast do BHAZ recebe um dos responsáveis por uma das maiores febres de Belo Horizonte: o Xeque Mate. Quem é de outros estados pode até achar que tem a ver com xadrez, mas o povo da capital mineira sabe que se trata de uma bebida. E o criador da receita, Gael Rochael, é nosso convidado desta semana.

A mistura refrescante de chá mate, rum, guaraná e limão surgiu como uma alternativa à tradicional cerveja dos rolês, a princípio apenas para agradar um grupo de amigos. Com o tempo, caiu nas graças do público, conquistou as prateleiras de supermercados e foi sucesso no Carnaval. Agora, a bebida queridinha dos mineiros busca conquistar a galera de São Paulo e outros estados.

No Arreda pra Cá, Gael deu detalhes sobre a receita, comentou os boatos de que a marca estaria à venda e falou sobre a relação de amor por BH que ajudou a elevar o Xeque Mate. O episódio completo vai ao ar nesta terça-feira (19), às 17h.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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