FAB demite professores acusados de assédio sexual contra alunas ensinos médio e fundamental

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Um dossiê sobre as denúncias de assédio sexual levou à demissão dos professores da FAB (Foto/Reprodução)

Força Aérea Brasileira (FAB) demitiu os professores Álvaro Luiz Pereira Barros e Eduardo Silva Mistura, acusados de assédio sexual contra alunas do Colégio Brigadeiro Newton Braga, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro (OAB-RJ), entrou no caso, após a Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária produzir um dossiê com as denúncias das estudantes.

Alunos e ex-alunos criaram um grupo de WhatsApp para compartilhar relatos e prints dos assédios. O ponto de partida para a onda de denúncias foi um movimento no Twitter chamado #exposed, em maio de 2020, que encorajava vítimas de abuso sexual a dividir as experiências.

As denúncias dos estudantes do colégio resultaram em processos administrativos disciplinares (PAD), que levaram à demissão dos servidores da FAB.

Ao longo do processo, uma junta militar ouviu os suspeitos e vários dos alunos. No material entregue aos advogados da OAB-RJ, em maio de 2022, estavam prints de trocas de mensagens, áudios e relatos que indicavam um comportamento abusivo constante dos professores.

Eduardo Mistura e Álvaro Barros davam aulas de história e educação física, respectivamente, para alunos dos ensinos médio e fundamental.

Assédios dos professores

Segundo uma das jovens que procuraram ajuda da comissão, o professor Eduardo Mistura pedia que os estudantes escrevessem uma redação sobre seus problemas pessoais, laços de família e eventuais preocupações.

Segundo ela, as redações serviam para que o professor de história estudasse o perfil de cada aluna, definindo assim qual seria a jovem mais vulnerável.

Vítimas e testemunhas também relataram que Eduardo costumava dar abraços apertados e longos em algumas alunas.

Já o professor de educação física ficou conhecido pelos alunos como “sonhador” por sempre comentar que sonhou com as alunas. Segundo as denúncias, ele abordou uma delas, menor de idade, por mensagens em aplicativo.

Por meio de nota, o advogado Marcelo Davidovich, responsável pela defesa dos professores Álvaro Barros e Eduardo Mistura, afirmou que os processos administrativos não estão encerrados e que há recursos a serem julgados nessa esfera.

Os servidores Álvaro Luiz Pereira Barros e Eduardo Silva Mistura foram demitidos por violação do Artigo 132, Inciso V, da Lei 8.112/90. O ato de demissão é resultado de apuração administrativa.

Agência Brasil

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