Família diz que sobrinha de tio Paulo é inocente e afirma que ela tem problemas psiquiátricos

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Família alega que a mulher que levou o tio morto ao banco tem problemas psiquiátricos (Reprodução/TV Globo + Redes Sociais)

A família da mulher que foi presa na última semana depois de levar o tio morto ao banco em busca de um empréstimo questionou a acusação de tentativa de fraude. Segundo os filhos de Érika de Souza Vieira Nunes, mulher que acompanhou o tio Paulo em uma agência bancária em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ela sofre de problemas psiquiátricos, comprovados por laudo médico, e, além disso, era dependente de sedativos.

De acordo com o filho, Lucas Nunes dos Santos, Érika criou seis filhos e ao longo da vida nunca precisou roubar ou enganar ninguém. Inclusive, ela teria ensinando o “caminho do estudo, o caminho do que é correto”.

A família também apresentou laudos médicos assinados por psiquiatras, que atenderam a mulher no ano passado. Em 2022, um médico pediu internação psiquiátrica de Érika, e afirmou que ela era dependente de sedativos, tinha quadro de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.

No depoimento, a mulher disse que só percebeu que o tio não respondia mais quando estavam na agência bancária, quando os funcionários do local ajudaram no socorro.

Mas, em resposta, o delegado responsável pelo caso disse que uma pessoa com problemas psiquiátricos pode não ter consciência de que o tio está morto. Mas também não ia entender que precisava pegar um dinheiro. Ou seja, um paciente com transtornos não teria consciência seletiva.

Relembre o caso do tio Paulo

Erika de Souza Vieira Nunes está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro após levar o tio dela, morto, em uma cadeira de rodas, para fazer um empréstimo de R$ 17 mil em um banco.

Um vídeo de câmeras internas da instituição financeira mostra a mulher simulando uma conversa com Paulo Roberto Braga, que tinha 68 anos, como se ele estivesse vivo.

Segundo a investigação, os funcionários do banco desconfiaram que o homem estava morto e chamaram o SAMU, que confirmou a morte.

À Globo, a advogada de Erika disse que o idoso teria chegado vivo no banco. Segundo Ana Carla de Souza Correa, “existem testemunhas que no momento oportuno também serão ouvidas”. “Ele começou a passar mal, e depois teve todos esses trâmites. Tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Erika”, acrescentou.

A Polícia Civil esteve no local acionada e prendeu a mulher em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver.

Já a defesa de Érika também entrou com um pedido para revogar a prisão preventiva, mas ainda não há data para uma resposta.

João Lages[email protected]

Repórter no BHAZ desde setembro de 2023. Jornalista com 4 anos de experiência em veículos de comunicação. Fez cobertura de casos que têm relevância nacional e internacional. Com passagem pela RecordTV Minas, também foi produtor e editor de textos na Record News.

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