Gasolina sobe 3,3% em uma semana e já custa mais de R$ 7 em Minas Gerais e outros cinco estados

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Minas se destaca nos preços (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os postos brasileiros já aumentaram o preço da gasolina após reajuste anunciado pela Petrobras no início deste mês. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Combustível), o preço do litro do combustível subiu 3,3% na semana passada, atingindo o valor médio de R$ 6,32. O máximo registrado foi de R$ 7,49, em Bagé (RS), sendo que, além do Rio Grande do Sul, é possível de se encontrar o litro acima de R$ 7 em outros cinco estados do país, incluindo Minas Gerais.

O reajuste da estatal também incluiu o gás de cozinha (GLP), com isso, o preço do botijão de gás apresentou uma alta de 1,8% nas revendas na última semana. De acordo com o levantamento, o GLP atingiu o valor médio de R$ 100,44 e o valor máximo de R$ 135. A alta nos preços também chegou no diesel, que sofreu um reajuste por parte da Petrobras no final de setembro, levando a um aumento de 0,3% em relação à semana passada.

O valor médio do litro do diesel foi de R$ 4,97 e o máximo de R$ 6,41. Houve ainda um avanço no valor do litro do etanol combustível, registrando um aumento de 0,9%. O litro apresentou um preço médio de R$ 4,81 e máximo de R$ 7,09.

Repasse da Petrobras

O aumento anunciado pela Petrobras no último dia 8 foi de 7,2% nos preços do gás de cozinha e da gasolina nas refinarias. O quilo do gás teve um acréscimo de R$ 0,26, passando de R$ 3,60 para R$ 3,86; já a gasolina subiu R$ 0,20 – deixando de custar R$ 2,78 e indo para R$ 2,98. O aumento incide na refinaria e não chega com os mesmos valores no bolso do consumidor, conforme explica ao BHAZ Feliciano Abreu, economista e diretor do Mercado Mineiro.

“[O valor] não chega exatamente igual porque isso se perde na cadeia, não é um aumento exato, é repassado, tem impostos. Se aumentar 20 centavos na refinaria não é a mesma coisa para o consumidor, normalmente é menos pela escala, refinaria, distribuidora, impostos, e isso ocorre também para o gás de cozinha”, explica o economista, que também esclarece que os repasse de valores também depende do momento, da distribuidora e do próprio posto de gasolina.

Em Belo Horizonte, de acordo com dados coletados pela ANP na última quarta-feira (13), apenas um local tinha o litro de gasolina abaixo de 6,3: um posto no bairro da Graça, na região Nordeste, que estava vendendo o produto por 6,299 o litro. O preço mais alto foi encontrado em um posto no bairro Cachoeirinha, na mesma região, que estava vendendo o produto por 6,599 o litro.

Preços exorbitantes

Feliciano observa que os preços chegam a valores ainda maiores no interior, devido à falta de concorrências nos municípios menores. “Interior é ainda pior, tem pouca concorrência. O proprietário é dono de metade dos postos da cidade, tem direito de colocar os preços dele e o consumidor fica totalmente refém de poucos postos”, analisa.

Minas Gerais faz parte de uma lista seleta de seis estados na qual o preço do litro da gasolina pode chegar a mais de R$ 7 em alguns pontos. É possível encontrar o combustível custando até R$ 7,49 no Rio Grande do Sul; R$ 7,39 no Rio de Janeiro; R$ 7,30 no Acre; R$ 7,17 em Minas Gerais, R$ 7,15 no Piauí e R$ 7,04 o litro no Mato Grosso.

Edição: Vitor Fernandes

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